Cidade: Barão de Cocais
Vasculhando as barrancas dos rios e córregos e os socavões de serras, iam os desbravadores semeando de minas e lavras o território da nascente Capitania de Minas Gerais. Por volta de 1713, mineradores palmilhando o rio Socorro dão com “uma boa pinta” – indício de ouro – a poucos quilômetros do povoado que veio a ser a Santa Bárbara de hoje. Surge logo o novo povoado no sopé de um morro particularmente extenso, em torno da capela dedicada a São João Batista. Conhecido logo como o povoado de São João Batista do Morro Grande, de lavras ricas que atraíram levas e levas de mineradores. Já em 1749 foi criada a paróquia que passa a colativa a 16 de janeiro de 1752, tendo como primeiro Vigário o padre Manoel Antônio da Rocha Pita.
Com o Bairro dos Macacos do povoado, onde se localizavam as lavras, crescendo rapidamente pela constante chegada de novos mineradores, foi decidida a construção da matriz em 1764, no lugar da capela. Trouxeram de Lisboa a planta encomendada pelos mineradores Domingos da Silva Maia e cel. Manoel da Câmara Bittencourt e entregaram a obra para o construtor Manoel Gonçalves de Oliveira, com a carpintaria confiada a Teodoro Martins.
Obra grande, a construção foi demorada a ponto de o construtor fugir por não conseguir concluí-la pela importância contratada de 25 mil cruzados. Preso e levado à cadeia de Caeté, resolveu prosseguir a obra com um reajuste de três mil cruzados. É considerada uma jóia de arquitetura colonial e foi concluída em 1785. Diz o historiador PauloKruger, no seu livro As igrejas Setecentistas de Minas, que “o maior interesse dessa igreja está no seu exterior gracioso e pinturesco”.
Para se ter idéia da opulência das lavras de São João do Morro Grande, nome que ficou sendo o do povoado, Domingos Pinheiro, Procurador da Fazenda Real, em sua lista secreta dos homens mais ricos da Capitania, relaciona 10 nomes do lugar, sendo seis mineradores, dois comerciantes, um fazendeiro e o último de profissão indefinida. Mais: por 30 anos, entre 1826 e 1856, uma das minas do arraial, conhecida como do Gongo Soco, alcançou sua maior produção de ouro.
Pelo decreto-lei nº 148, de 17 de dezembro de 1938, o arraial passou a denominar-se Morro Grande simplesmente, como distrito de Santa Bárbara.
Em homenagem ao filho do lugar, José Feliciano Pinto Coelho da Cunha, o Barão de Cocais, homem público que exerceu vários cargos, chegando a Governador de Minas Gerais, e destacando participante da Revolução Liberal de 1842, Morro Grande, ao emancipar-se, ganhou o topônimo atual de
Barão de Cocais pelo decreto-lei nº 1.058, de 31 de dezembro de 1943.
Barão de Cocais
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Faculdade de Educação e Estudos Sociais
Cursos: Engenharia de Produção, Meio Ambiente, Segurança do
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