terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

baronesa

GUANDÚ

O 2º barão de GUANDÚ foi João Bernardes de Souza.Tenente-Coronel da Guarda Nacional,em Santa Helena, estação do Castelo, Espírito Santo.

Adendas

João Bernardes de Souza - agraciado com o título ( Dec 25.09.1889 ) de Barão (2º) de Guandu.Casou-se com Maria Guilhermina Pinto Coelho (da Cunha) de Souza, nascida em 1856, em Minas Gerais, e falecida em 24.09.1944, em Cachoeiro de Itapemirim- ES. Segundo o Dicionário das Famílias Brasileiras, seria neta do Barão de Cocais.

Segundo o Pedro Carraro o Vo. XV do Anuário do Museu Imperial, na pág. 119 diz o seguinte: João Bernardes de Souza, era "Natural de Juiz de Fora, Minas Gerais. Em 1851 seguiu para a Província do Espírito Santo, dedicando-se à agricultura. Faleceu a 25 de junho de 1899, com a idade de sessenta e sete anos, deixando seis fazendas e outros bens. Casou com D. Maria Guilhermina Pinto Coelho de Sousa, natural de Minas Gerais, neta do Barão de Cocais. A Baronesa do Guandu faleceu a 24 de setembro de 1943. Com a idade de oitenta e sete anos na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, na residência de seu filho Jaime Bernardes de Sousa, funcionário da prefeitura municipal da mesma cidade".

Colaboradores:

- Paulo Stuck Moraes , de Vitória - ES - pesquisador
http://planeta.terra.com.br/arte/academia/

- Pedro Carraro

O Vol. XV do Anuário do Museu Imperial, na pág. 119,

padrinho jose felic. pinto coelho cunha

Virginia Amália da Cunha Porto

1Silva Leme, Luiz Gonzaga, Genealogia Paulistana, São Paulo: Duprat & Comp., 1904, 9 volumes, Vol.IV/Tit.Hortas/Item 9.1, Pag.337. Consta com o nome Virginia Cunha Porto. Vide filhos a partir da pag.337.

2Igreja Católica Santo Antônio, Santa Bárbara-MG, Capela N.S.Conceição, Fazenda Paciência, Arquid.Mariana, Certidão de Batismo(Transcrição) de Virginia Amália da Cunha Porto, Fl.20v(18v) do Livro de Batismo No.12 dos anos de 1833-1857. Pais: Cap.José Maria da Cunha Porto e D.Escolastica Joaquina da Cunha Porto. Avós paternos: Não constam. Avós maternos: Não constam. Padrinhos: José Feliciano Pinto Coelho da Cunha por procuração apresentada por José Maria Pinto da Cunha Porto e Dona Anna Amália Athaide Portugal. Padre: Joam Bap.ta de Figr.do. Vigário: Joam Bap.ta de Figr.do.

3Igreja Católica Santo Antônio de Santa Bárbara-MG, Arquidiocese de Mariana, Registros Paroquiais, 1721-1921, Salt Lake City: Filmado pela Socidade Genealógica de Utah, 1980, Microfilme No.1284557/Item 6/Fl.20v(18v)., Microfilme No. 1284555 a 1284561. Microfilmes dos manuscritos no arquivo arquidiocesano de Mariana.

4Igreja Católica Santo Antônio, Santa Bárbara-MG, Capela N.S.Conceição, Fazenda Paciência, Arquid.Mariana, Certidão de Batismo(Transcrição) de Virginia Amália da Cunha Porto.

5Silva Leme, Luiz Gonzaga, Genealogia Paulistana, Vol.IV/Tit.Hortas/Item 9.1, Pag.337. São primos. Vide filhos a partir da Pag.337.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

listas de imigrantes

BEM-VINDOS A ESTA PÁGINA!
LISTAS
DE
PASSAGEIROS DE NAVIOS



O tema "lista de passageiros de navios" sempre ronda o imaginário daqueles que pesquisam a origem de seus ancestrais imigrantes.

Com efeito, quando descobrimos, por exemplo, que a família de nossos bisas chegou no navio Colombo, em viagem com desembarque no porto do Rio de Janeiro no dia 7 de novembro de 1894, o primeiro ímpeto que nos acomete é saber: por Deus, que criaturas compartilharam daquela mesma viagem com nossa família? Vieram outros parentes? Será possível descobrir-lhes a origem encontrando no mesmo barco outros conhecidos?

Todas essas perguntas, que instintivamente nos fazemos nessa situação, têm pertinência lógica, e não raro o acesso a essas listas pode nos revelar fatos que nem remotamente poderíamos supor. E aqui posso dar meu próprio testemunho, que já deixei escrito em outras páginas, mas que me parece importante relembrar.

Na lista de bordo dessa viagem do Colombo pude saber que capitaneando a família de meu avô estava minha trisavó, com 69 anos de idade, mas sobre a qual infelizmente até a presente data nada mais consegui apurar, vale dizer, quando e onde faleceu; soube também, no entanto, que dessa aventura fez parte a família inteira do meio irmão de minha bisavó (Gaetano Baccagini), que certamente não se adaptou ao clima destes "trópicos" porque pouco tempo depois voltou à Itália para de lá nunca mais sair.

E descobri também que naquele mesmo porão do Colombo esteve, durante os certamente intermináveis dias em que se alongou aquela viagem, a família de um tio avô de meu marido (Santo Vettore), que anos depois pereceu no naufrágio do Principessa Mafalda, quando, já bem posicionado na vida, voltava de passeio à Itália com a mulher e uma filha prestes a se casar.

E essa mesma lista me revelou, por último, um infindável rol de ancestrais de pessoas amigas, que certamente conviveu com minha família, mostrando quanto este mundo, apesar das imensas dimensões, acaba sendo pequeno e acolhedor quando se o mede por outros parâmetros, como os sentimentos nobres da amizade e da fraternidade.

Todos esses fatos permitem-nos concluir que é muito prazeroso descobrir a lista de bordo do navio em que viajaram nossos ancestrais, embora nem sempre a concretização desse sonho seja possível.

E como conseguir "a cuja", como gosto de chamá-la?

O Porto de maior movimento nos anos da grande imigração (1880 a 1910) foi, sem dúvida, o do Rio de Janeiro, sobretudo porque lá desembarcavam imigrantes destinados a Minas Gerais e aos demais Estados do sul do Brasil.

Os que vinham contratados por Minas seguiam de trem para Juiz de Fora, e os destinados ao sul do Brasil eram embarcados em navios de cabotagem (costeiros) que os transportavam a seus destinos.

Os imigrantes com destino a São Paulo desembarcavam diretamente no Porto de Santos, e subiam a serra de trem, com destino à estação situada literalmente dentro da Hospedaria dos Imigrantes, hoje transformada no Memorial do Imigrante.

Se o imigrante veio contratado por Minas Gerais e com destino à Hospedaria Horta Barbosa, de Juiz de Fora, as listas de bordo estão, graças a Deus, preservadas no Arquivo Público Mineiro, que as disponibiliza porque estão microfilmadas. Daí ter sido possível colocar "on line" a lista de bordo do Navio Colombo, na viagem que terminou no distante 7 de novembro de 1894.

O que fazer para obtê-las? Basta escrever ou telefonar para o APM. Aliás, todos aqueles que não conseguem encontrar a chegada dos ancestrais, mas que têm certeza de que não vieram destinados ao sul do Brasil, deveriam fazer uma pesquisa no Arquivo Público Mineiro, ou no Arquivo Público do Espírito Santo, que também desenvolve um trabalho muito importante de resgate da história da imigração.

O Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, também fornece a lista de bordo de grande parte dos navios que lá aportaram, desde que o interessado saiba exatamente seu nome e a data de sua chegada. Lembro, como informado pelo próprio AN, "não existe base de dados para que se possa recuperar a entrada de um imigrante apenas pela indicação do nome e as listas de passgeiros do Rio de Janeiro são a partir do ano de 1873 e do porto de Santos a partir do ano de 1895. Os pedidos de consulta devem ser feitos preferencialmente por e-mail consultas@arquivonacional.gov.br mas o setor atende também pelo telefone: (21) 3806-6157.

Quanto aos imigrantes desembarcados no Porto de Santos o Memorial do Imigrante fornece apenas a certidão de desembarque. Como obter, então, a tão ansiada lista?

Não é fácil. O único meio é transcrevendo, manualmente, do respectivo microfilme feito pelos Mórmons e disponível para leitura nos chamados CHF (Centro de História da Família), que funcionam em forma de anexos nas Igrejas dessa religião (dos Santos dos Últimos Dias- LDS).

Transcrevi abaixo o número dos microfilmes que contém os desembarques ano a ano, e que, como acima mencionado, poderão ser requisitados para leitura em uma igreja do Mórmons mais perto de sua casa. Acesse os endereços entrando nesta página (basta selecionar "Brasil" e clicar no "search").

Haveria outra forma de encontrar as tão buscadas listas de bordo dos navios cujo destino era o porto de Santos?

Não, a menos que algum abnegado internauta tenha ele próprio transcrito a lista de passageiros que viajaram com seu ancestral e a tenha colocado "on line" para nossa glória.

Por último resta relembrar que encontrar essa lista relativa à viagem de nossos ancestrais não significa necessariamente encontrar-lhes a origem. É que nem sempre esse dado relativo à cidade de origem está presente no registro, como se pode nele ver.

Mesmo não encontrando o local de nascimento dos bisas, a lista, repito, pode trazer surpresas, principalmente se não a considerarmos apenas uma relação fria de nomes, mas dedicarmos a ela uma leitura na dimensão de nossos sentimentos, com o que será possível então reconstruir cenas de afeto, de companheirismo e solidariedade entre nossos ancestrais e seus companheiros de travessia.

Se você, amigo/a internauta, tem outras informações importantes a acrescentar a esta página relativamente ao tema "listas de passageiros", por favor me escreva. E se tiver já digitada a lista relativa à viagem de seus ancestrais e quiser vê-la publicada aqui na internet, entre em contato pelo mesmo endereço acima indicado.



VEJA O QUE É POSSÍVEL CONSULTAR NOS MICROFILMES DOS MÓRMONS A PROPÓSITO DA ENTRADA DE IMIGRANTES PELO PORTO DE SANTOS
Title
Movimento migratorio : Porto de Santos, 1836-1962

Authors
Santos (São Paulo). Inspectoria de Immigração (Main Author)
São Paulo (Brasil). Secretaria da Agricultura, Commercio e Obras Publicas (Added Author)

Notes
Microfilmagem de originais no Arquivo do Estado de São Paulo.
Microfilme de 42x redução. Use uma máquina-leitora de alta magnificação. Alguns livros estão em mau estado.
Santos é um municipio no estado de São Paulo, que tem como cabeça principal a cidade do mesmo nome.
Emmigration and immigration activities from the Port of Santos, São Paulo, Brazil. Text in Portuguese.
Os documentos incluem quadros de entrada e saida de passageiros, lista de nomes do passageiros, destino dos emigrantes, vapores que desembarcaram imigrantes, resumen do imigrantes (estatística), etc.

Subjects
Brazil, São Paulo, Santos - Emigration and immigration
Brazil, São Paulo, Santos - Public records

Format
Manuscript (On Film)

Language
Portuguese

Publication
Salt Lake City, Utah : Filmados pela Sociedade Geneal??a de Utah, 1999

Physical
em 9 rolos de microfilme ; 16 mm.

Film Notes
Note - Location [Film]

Movimento migratorio, 1907-1911 -- Documentos de inspectoria, 1908-1909 - VAULT INTL Film [ 2124152 Items 5 - 6 ]

Documentos de inspectoria, 1909 -- Quadros de entradas e saidas, 1908-1915 -- Documentos de inspectoria, 1910-1917 - VAULT INTL Film [ 2124153 ]

Documnetos de inspectoria, 1917-1934 - VAULT INTL Film [ 2124154 ]

Documentos de inspectoria, 1934 -- Movimento migratorio, 1912-1930 - VAULT INTL Film [ 2124164 ]

Movimento migratorio, 1931-1941 -- Movimento de passageiros, 1955 - VAULT INTL Film [ 2124165 ]

Lista de passageiros, 1955-1956 -- Relação de despesas (pagamento do pessoal), 1954-1958 - VAULT INTL Film [ 2124189 ]

Relação de despesas, 1910-1914 -- Lista de passageiros, 1937-1939, 1955-1958 - VAULT INTL Film [ 2124190 ]

Movimento de passageiros (muitos de Italia), 1958, 1961 -- Relatórios, 1926-1959, 1962 - VAULT INTL Film [ 2124198 ]

Movimento migratorio, 1948, 1945, 1953 -- Oficios (copias de certidoes), 1931-1940, 1946-1960 - FHL INTL Film [ 2124199 Items 1 - 4 ]

Hospedaria dos imigrantes de Santos, São Paulo e São Bernardo, 1836-1882 (diplomats), 1893-1918, 1884-1893, 1889-1896, 1890-1900 - FHL INTL Film [ 2124199 Items 5 - 9 ]

Núcleo colonial (Bom Sucesso): Matrículas, 1895 -- Núcleo colonial (Pariquera-Açú): Matrículas, 1889 - FHL INTL Film [ 2124199 Items 10 - 11 ]

Núcleo colonial (Campos Sales): Nascimentos, 1900-1903 -- Núcleo colonial (São Paulo): Matrimonios, 1878-1879 -- Núcleo colonial (São Paulo): Óbitos, 1877-1879 -- Núcleo colonial (São Paulo): Nascimentos e batisados, 1877-1879 - FHL INTL Film [ 2124199 Items 12 - 15 ]

Núcleo colonial (Quirim): Recenseamento, 1890-1891 -- Núcleo colonial (Vários lugares): Recenseamento, 1890-1900 -- Núcleo colonial (Sabaúna): Recenseamento, 1887-1901 -- Núcleo colonial (Sabaúna): Matrículas 1891-1901 -- Núcleo colonial (Rio Claro/Lorena): Matrículas 1886 - FHL INTL Film [ 2124199 Items 16 - 21 ]


São Paulo, 01/05/2005

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Banda das Três Ordens
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Ordens honoríficas
de Portugal
Ordens militares:

* da Torre e Espada,
do Valor, Lealdade e Mérito
* de Avis
* de Cristo
* de Sant'Iago da Espada

Ordens nacionais:

* do Infante D. Henrique
* da Liberdade

Ordens de mérito civil:

* do Mérito
* da Instrução Pública
* do Mérito Agrícola,
Comercial e Industrial

(Antigas ordens dinásticas)

* Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa
* Santa Isabel
* São Miguel da Ala

A Banda das Três Ordens é a insígnia privativa da magistratura presidencial portuguesa, que não pode ser usada fora do exercício do cargo de Presidente da República Portuguesa. É uma atribuição simbólica que distingue o Presidente como Grão-Mestre de todas as Ordens honoríficas de Portugal. A Banda é constituída por três faixas, uma de cada cor: a púrpura representa a Ordem de Sant'Iago da Espada, uma das Ordens das quais são Grão-Mestres; o verde representa a Ordem de Avis e o vermelho representa a Ordem de Cristo. A Banda das Três Ordens Portuguesas, como prerrogativa do Chefe do Estado, começou a ser utilizada no reinado de D.Maria I, reunindo assim numa só insígnia as três ordens (Cristo, Avis e Sant'Iago da Espada), das quais os monarcas eram Grão-Mestres. Depois de 1910 essa mesma prerrogativa transitou para os Presidentes da República, como atrás se explica.

Nos quadros oficiais de muitos dos chefes de Estado portugueses dos séculos XIX e XX, estes surgem representados envergando a Banda das Três Ordens:

D. Pedro IV, O Rei-Soldado



D. Maria II, A Educadora



D. Carlos I, O Diplomata



D.Manuel II, O Patriota

O Presidente da República marechal Francisco Higino Craveiro Lopes envergando a banda das três ordens

[editar] Ver também

* Ordens honoríficas de Portugal

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Banda_das_Tr%C3%AAs_Ordens"

Categoria: Ordens honoríficas de Portugal
Imperial Ordem de Sant'Iago da Espada
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Ordens honoríficas
do Brasil
Imperiais[ Expandir ]

Imperial Ordem de
Nosso Senhor Jesus Cristo
Imperial Ordem de
São Bento de Avis
Imperial Ordem de
Sant'Iago da Espada
Imperial Ordem do Cruzeiro
Imperial Ordem de Pedro Primeiro
Imperial Ordem da Rosa
Militares[ Expandir ]

Ordem do Mérito Militar
Ordem do Mérito Naval
Ordem do Mérito Aeronáutico
Ordem do Mérito Judiciário Militar
Ordem do Mérito das Forças Armadas
Nacionais[ Expandir ]

Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul
Ordem Nacional do Mérito
Comissão Permanente
do Livro do Mérito
Ordem de Rio Branco
Ordem do Congresso Nacional
Ordem Nacional do Mérito Científico
Civis[ Expandir ]

Ordem do Mérito Médico
Ordem do Mérito do Trabalho
Ordem do Mérito Educativo
Ordem do Mérito
Judiciário Trabalhista
Ordem do Mérito Judiciário
Ordem do Mérito
Desportivo Universitário
Ordem do Mérito das Comunicações
Republicanas extintas[ Expandir ]

Ordem de Colombo
Legião de Honra Marechal Rondon

Imperial Ordem de Sant'Iago da Espada foi uma ordem honorífica brasileira, originada a partir da portuguesa Ordem de Sant'Iago da Espada, a qual por sua vez remonta à medieval Ordem de Sant'Iago. "Nacionalizada" por D. Pedro I logo após a Independência, essa ordem já seguia a reformulação proposta por D. Maria I, a qual lhe recomendava à magistratura. Todavia, enquanto em Portugal a ordem se consolidou como um mérito à literatura, ciência e arte, no Brasil foi concedida quase que exclusivamente a militares, tanto por D. Pedro I quanto por D. Pedro II. De todas as antigas reais ordens militares portuguesas, foi a que teve menos galardoados.

A chancelaria que cuidava dos registros da ordem pertencia ao Ministério do Império. Destituiu-se seu caráter religioso por meio de Decreto de 9 de setembro de 1843. Foi extinta após a proclamação da República juntamente com a maioria das ordens imperiais.
Índice
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* 1 Características
o 1.1 Insígnia
o 1.2 Fita e banda
o 1.3 Graus
* 2 Titulares
* 3 Bibliografia
* 4 Ver também

[editar] Características

[editar] Insígnia

Grã-cruz

* Anverso: cruz espatária, de vermelho, bordada d'ouro, pendente de medalhão redondo branco, com Sagrado Coração de Jesus ao centro.

[editar] Fita e banda

De cor púrpura, com duas orlas douradas.

[editar] Graus

* Grã-cruz
* Dignitário
* Comendador
* Oficial
* Cavaleiro

[editar] Titulares

[editar] Bibliografia

* POLIANO, Luís Marques. Heráldica. Ed. GRD. Rio de Janeiro, 1986.
* POLIANO, Luís Marques. Ordens honoríficas do Brasil.

[editar] Ver também

* Ordens honoríficas de Portugal: Ordem Militar de Sant'Iago da Espada
* Ordem de Santiago
Brasil Império
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Império Brasileiro
Império do Brasil





1822 — 1889





Flag Brasão
Bandeira Brasão
Lema nacional: Independência ou Morte!
Localização de Brasil
Capital Rio de Janeiro
Língua oficial Português
Governo Monarquia Constitucional
Imperador
• 1822-1831 Dom Pedro I
• 1831-1889 Dom Pedro II
História
• Dia do Fico 9 de Janeiro de 1822
• Independência do Brasil 1822
• Primeiro Reinado 12 de Outubro de 1822
• Segundo Reinado 7 de abril de 1831
• Abolição da Escravatura 13 de Maio de 1888
• Proclamação da República 15 de Novembro de 1889
População
• 1889 est. 14,333,915
Moeda Real

Brasil Império é o período da história do Brasil que se estende da independência, em 1822, até a proclamação da república, em 1889. Costuma-se dividi-lo em primeiro reinado e segundo reinado (sendo o período regencial parte deste último). Com o advento da República, cessa-se o título de imperador do Brasil.
Índice
[esconder]

* 1 Elevação a Império
o 1.1 Imperadores do Brasil
o 1.2 Imperador Titular do Brasil
* 2 História
o 2.1 Proclamação da Independência
o 2.2 Primeiro Reinado (1822-1831)
+ 2.2.1 Assembléia Constituinte
+ 2.2.2 Reconhecimento da Independência
+ 2.2.3 Guerra da Cisplatina
+ 2.2.4 Crise Política e Econômica
+ 2.2.5 Sucessão em Portugal
+ 2.2.6 Abdicação de Dom Pedro I
o 2.3 Segundo Reinado (1831-1889)
+ 2.3.1 Período Regencial (1831-1840)
+ 2.3.2 Correntes Políticas
+ 2.3.3 Regência Trina Permanente
+ 2.3.4 Ato Adicional de 1834
+ 2.3.5 Regência Una
+ 2.3.6 Maioridade
+ 2.3.7 Parlamentarismo
+ 2.3.8 Eleições
+ 2.3.9 Economia
+ 2.3.10 Progresso
+ 2.3.11 Lavoura do café
+ 2.3.12 Predomínio paulista
+ 2.3.13 Tráfico negreiro
# 2.3.13.1 Extinção do tráfico negreiro
+ 2.3.14 Atividades urbanas
+ 2.3.15 Guerras externas
# 2.3.15.1 Guerra do Prata
# 2.3.15.2 Guerra do Paraguai
+ 2.3.16 Abolicionismo e republicanismo
# 2.3.16.1 Campanha abolicionista
+ 2.3.17 Lei Áurea
o 2.4 Fim do Império
* 3 Referências
* 4 Ver também
* 5 Ligações externas

[editar] Elevação a Império

Após a guerra da independência, em 1825, o título de príncipe do Brasil foi desvinculado dos príncipes aspirantes ao trono português, passando esses a usar somente o título de duque de Bragança. Nomeadamente, Pedro I do Brasil foi o último a deter ambos os dois títulos, tendo sido príncipe regente do Brasil por um curto período pouco antes da Independência. Dom Pedro, por sua vez, inicia a linhagem de imperadores do Brasil a partir de sua coroação como imperador do Brasil na Capela Imperial, Rio de Janeiro, em 12 de outubro de 1822. Contudo, apesar do título de príncipe do Brasil, mais nomeadamente, príncipe Imperial do Brasil, vicejar até os dias de hoje, apenas Pedro de Bragança e seu filho detiveram o trono imperial.

Após a abdicação de Pedro I ao trono, inicia-se o período regencial, que vigorou até que Pedro II ascendesse ao trono por meio do Golpe da Maioridade.

[editar] Imperadores do Brasil
Nome Casa originária De Até Cônjuge de
D. Pedro I Bragança 1822 1831 D. Leopoldina de Áustria
D. Amélia de Leuchtenberg
D. Pedro II Bragança 1831 1889 D. Teresa de Duas Sicílias

[editar] Imperador Titular do Brasil

Ver artigo principal: Dinastia de Bragança

Quando do término da guerra da independência do Brasil, foi estabelecido o tratado do Rio de Janeiro, em 29 de agosto de 1825, entre Portugal e Brasil. Pelo tratado, a coroa portuguesa reconhecia a independência do antigo reino, mas reservava a D. João VI, pai de D. Pedro I, o título de Imperador do Brasil. O tratado, a princípio, anulava a norma anterior da Constituição brasileira de 1824, a qual proibia que o governante exercesse poder sobre Portugal e Brasil simultaneamente. Não obstante, D. João VI não foi o Imperador de facto, haja vista que não foi sagrado como tal, nem expediu qualquer ato político, e muito menos D. Pedro declarou-se ex-Imperador.
História do Brasil
Pré-Colonial (…-1500)
Pindorama | Povoamento | Índios | Tordesilhas
Colônia (1500-1822)
Descobrimento | Caminha

Engenhos | Feitorias | Sesmarias | Capitanias | Pacto Colonial União Ibérica | Franceses | Holandeses | Nassau | Reação | Expulsão Bandeirantes | Sertanismo | Entradas e bandeiras | Tráfico negreiro | Quilombos e Quilombolas Palmares | Ganga Zumba | Zumbi Missões | Guerra Guaranítica | Ciclo da pecuária | Mascates | Emboabas | Ciclo do ouro | Derrama| Inconfidência Mineira | Tiradentes | I. Baiana | I. Carioca | Abertura dos Portos
Império (1822-1889)
Pedro I | Fico | Independência | Primeiro Reinado | Equador | Cisplatina

Abdicação | Regência | Ato Adicional Balaiada | Sabinada | Cabanada | Cabanagem | Malês | Farroupilha | Pedro II | Maioridade | Segundo reinado | Liberais | Praieira | Mauá | Christie | Aguirre | Oribe e Rosas | Guerra do Paraguai | Caxias | Osório | Abolição | Republicanos
República (1889-…)
15 de novembro | Deodoro | Floriano | República da Espada | República Velha | Rebeliões | Coronelismo | Oligarquias | Café-com-Leite | Política dos Governadores | Canudos | Armada Federalista | Ciclo da borracha | Acre | Contestado

Tenentismo | 18 do Forte | Revolução de 1923 | Revolta Paulista de 1924 | Coluna Prestes | Revolução de 1930 | Paulista | Era Vargas | Integralismo | ANL | Intentona | Estado Novo | Força Expedicionária Brasileira | Mar de Lama | Anos JK | Plano de Metas | Reformas de base | Comício da Central | Golpe | Regime Militar | Greves operárias | Diretas Já | Plano Real
Listagens
Capitais | Governantes | Reis | Presidentes | Primeiros-Ministros | Deputados | Senadores | Chanceleres | Governadores Coloniais | Famílias Políticas
Constituições
Mandioca | 1824 | 1891 | 1934 | 1937 | 1946 | 1967 | 1988
Eleições
Presidenciais | Estaduais
Temáticas
Conflitos | Fronteiras | Economia | Militar | Cultura | Educação | Colonização | Escravidão | Catolicismo | Industrialização | Direito do Trabalho | Censura
Regionais
Centro-Oeste | Nordeste | Norte | Sudeste | Sul
Generalidades
Bibliografia | Cronologia | Toponímia | Etimologia | Patrimônio | Fortificações

A situação sui generis de haver dois Imperadores brasileiros durou pouco, pois sete meses depois D. João VI viria a falecer.
[editar] História

[editar] Proclamação da Independência

No dia 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo, Dom Pedro tomou conhecimento de ordens vindas da corte portuguesa para que ele abandonasse o Brasil e fosse para Portugal ou então seria acusado de traição, com isso irritado bradou "Independência ou Morte!", e assim desligou o Brasil de Portugal definitivamente. Em 12 de outubro de 1822, foi aclamado Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil. Em 1º de dezembro do mesmo ano, realizou-se a cerimônia de coroação e sagração.

[editar] Primeiro Reinado (1822-1831)

Ver artigo principal: Primeiro Reinado

Para que se consumasse o processo de independência, era preciso vencer a oposição das tropas portuguesas aquarteladas no país e impor o domínio do governo central no restante das Províncias. No Nordeste, sobretudo, havia fortes tendências federalistas (maior autonomia local) e separatistas. Após prolongados combates que só terminaram em novembro de 1823, o primeiro ministério nacional, chefiado por José Bonifácio de Andrada e Silva, consolidou a independência em todo o território nacional. Ao mesmo tempo, José Bonifácio e seus irmãos, Martim Francisco e Antônio Carlos, concentraram-se na eliminação de seus opositores dentro do Partido Brasileiro. Os chamados exaltados ou democráticos opunham-se à monarquia forte e centralizada e defendiam o direito de cada província tomar suas próprias decisões. No final de 1822, foram proibidos de circular os jornais dos exaltados, e presos ou deportados muitos membros do grupo, como Joaquim Gonçalves Ledo, José Clemente Pereira e Januário da Cunha Barbosa.

[editar] Assembléia Constituinte

Ver artigo principal: Constituição brasileira de 1824

Convocada desde 1822, começou a preparar a Constituição do país em maio de 1823. A maioria de seus deputados pertenciam ao Partido Brasileiro. Havia, do outro lado, o Partido Português, integrado principalmente por altos funcionários da corte, militares e comerciantes portugueses favoráveis a que Dom Pedro I se reaproximasse de Portugal. O projeto de constituição apresentado por Antônio Carlos de Andrada e Silva restringia a autoridade do imperador e dificultava o acesso dos portugueses aos cargos de representação nacional. Estabelecia também que se Dom Pedro I aceitasse uma coroa estrangeira (alusão à coroa portuguesa da qual era herdeiro direto) deveria renunciar automaticamente à brasileira. Em julho de 1823, o gabinete dos Andradas foi substituído por um ministério de políticos do Partido Português. Em 12 de novembro de 1823, no episódio conhecido como A Noite da Agonia, a Assembléia Constituinte foi cercada pelas tropas e dissolvida pelo imperador. Vários deputados foram presos. Entre os que se exilaram estavam os irmãos Andradas.

Outorgada por Dom Pedro I em 25 de março de 1824, a primeira constituição brasileira mantinha algumas linhas mestras do projeto de Antônio Carlos. Votavam apenas os cidadãos que tivessem rendimentos líquidos anuais no valor de, no mínimo, 150 alqueires de farinha de mandioca. Para candidatar-se a deputado ou senador, era preciso ter rendimentos de 500 ou 1.000 alqueires, respectivamente. Assim, de uma população de mais de 5 milhões, votavam somente 5 mil eleitores. Além do Legislativo, do Executivo e do Judiciário, a Constituição de 1824 instituía o Poder Moderador, privativo do imperador. Graças a este Poder, o imperador podia nomear os presidentes das províncias, chefiar as Forças Armadas, dissolver a Câmara dos Deputados, demitir ministros. A Constituição autorizava Dom Pedro I a ocupar, simultaneamente, o trono brasileiro e um trono estrangeiro. A dissolução da Assembléia e o excessivo centralismo da Constituição fizeram entrar novamente em ebulição as forças federalistas e republicanas do Nordeste. Em 2 de junho de 1824, os pernambucanos proclamaram a Confederação do Equador. Com a adesão do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, criaram uma república federalista independente, logo dominada pelas forças legalistas.

[editar] Reconhecimento da Independência

Era uma questão crucial para o império brasileiro. As monarquias absolutistas européias eram hostis à independência do Brasil. Os E.U.A. foram o primeiro país a reconhecer o governo brasileiro, em maio de 1824. Alguns meses antes fora divulgada a Doutrina Monroe, pela qual o presidente James Monroe declarava que os E.U.A. não aceitariam qualquer intervenção recolonizadora da Europa no continente americano. Graças à mediação da Inglaterra, em agosto de 1825, a coroa portuguesa reconheceu a independência do Brasil. Em troca, obtinha a condição de "nação mais favorecida" nas transações comerciais e uma indenização no valor de 2 milhões de libras. A Inglaterra também reconheceu a independência do Brasil em 1825. Somente a partir de 1826 a soberania brasileira foi reconhecida pela França, pelo Vaticano e pelas demais nações européias, concluindo-se a formalização da independência. As repúblicas latino-americanas, por sua vez, encaravam o império brasileiro como instrumento dos interesses recolonizadores europeus e condenavam a anexação da Cisplatina (em 1821, o Reino Unido luso-brasileiro anexara a Banda Oriental, atual Uruguai, a qual passou a chamar-se Província Cisplatina).

[editar] Guerra da Cisplatina
Embarque de tropas Imperiais rumo a cisplatina.
Embarque de tropas Imperiais rumo a cisplatina.

Ver artigo principal: Guerra da Cisplatina

Em março de 1825, uruguaios apoiados pelo governo de Buenos Aires reiniciaram a luta pela independência da Cisplatina. Ocuparam todo o território, com exceção de Montevidéu e Colônia, onde poderosos comerciantes, rivais dos de Buenos Aires, apoiavam a dominação brasileira. Um governo provisório uruguaio decidiu incorporar a Cisplatina à República das Províncias Unidas do Rio da Prata (Argentina). Imediatamente o Brasil declarou guerra à Argentina e bloqueou o porto de Buenos Aires. Em 1828, uma esquadra francesa ocupou a baía de Guanabara. Exigia a suspensão do bloqueio a Buenos Aires e uma indenização pelos prejuízos sofridos pela França com a interrupção do comércio na bacia do Prata. Por intervenção da Inglaterra, a Argentina e o Brasil assinaram, em agosto de 1828, um acordo de paz, pelo qual reconheciam a independência da República da Banda Oriental do Uruguai.

[editar] Crise Política e Econômica

Em 1826, Dom Pedro I instalou a primeira Assembléia Geral Brasileira: o Senado, vitalício, e a Câmara dos Deputados, eletiva e temporária. Os deputados, eleitos em 1824, eram em sua maioria abertamente hostis ao autoritarismo do imperador. Queriam um governo parlamentar que ouvisse a Câmara dos Deputados e a ela prestasse conta de seus atos. Por outro lado, o país atravessava crise econômica e financeira. As lavouras tradicionais de exportação estavam em decadência. O açúcar brasileiro, de cana, fora desalojado de seus principais mercados (Europa e E.U.A.) pelo açúcar de beterraba. O algodão nordestino não resistira à concorrência do algodão norte-americano e oriental. O tabaco perdia seus mercados africanos em conseqüência das restrições impostas pela Inglaterra ao tráfico de escravos. Enquanto isso, cresciam as importações de manufaturados, principalmente ingleses, que levavam o país a gastar mais do que recebia com a exportação de seus produtos agrícolas. Para agravar a situação, o governo imperial precisou contrair grandes empréstimos com bancos estrangeiros, sobretudo ingleses, a fim de financiar a guerra da Cisplatina e pagar as indenizações que devia a Portugal e à França. Em 1828, o Banco do Brasil foi à falência.

[editar] Sucessão em Portugal

Com a morte de Dom João VI em 1826, Dom Pedro I foi aclamado rei de Portugal com o título de Dom Pedro IV. Pressionado pelos políticos brasileiros, que viam ressurgir a ameaça da recolonização, Dom Pedro abdicou do trono de Portugal em favor de sua filha de sete anos, a princesa Maria da Glória, permitindo que se casasse com o seu irmão Dom Miguel, representante das forças absolutistas portuguesas.

[editar] Abdicação de Dom Pedro I

O imperador procurou atenuar a hostilidade da Câmara organizando um novo ministério chefiado pelo marquês de Barbacena, que contava com a simpatia dos políticos do Partido Brasileiro. A queda desse gabinete, a repercussão das revoluções liberais européias de 1830 e o assassínio do jornalista Líbero Badaró em São Paulo fizeram ferver os ânimos dos liberais. No Rio de Janeiro, violentas lutas de rua entre brasileiros e portugueses - as Noites das Garrafadas, em 13 e 14 de março de 1831 - colocaram em evidência a impopularidade do imperador. Novo ministério de tendências liberais foi substituído em seguida pelo Ministério dos Marqueses, de tendências absolutistas. A crise culminou em 6 de abril de 1831 com uma grande manifestação popular no Rio de Janeiro, à qual aderiu a guarnição da cidade, comandada pelo brigadeiro Francisco de Lima e Silva. Na madrugada do dia seguinte, 7 de abril, Dom Pedro I abdicou do trono brasileiro em nome de seu filho de cinco anos, Pedro de Alcântara.

[editar] Segundo Reinado (1831-1889)

Ver artigo principal: Segundo Reinado

[editar] Período Regencial (1831-1840)

Ver artigo principal: Período Regencial

Pedro de Alcântara foi imediatamente aclamado imperador do Brasil, a fim de assegurar a continuidade do regime monárquico. Os deputados e senadores que se encontravam no Rio de Janeiro escolheram três regentes provisórios para governar em nome do soberano, até que a Assembléia apontasse nomes definitivos. O período regencial foi um dos mais conturbados da história do Brasil. A economia continuou em crise, e o poder central, controlado pelos grandes proprietários rurais do Sudeste, esteve em conflito permanente com as províncias. As lutas por maior autonomia política das províncias ameaçaram dividir o Império em vários países independentes.

[editar] Correntes Políticas

O Partido Brasileiro cindiu-se em três correntes. Os liberais moderados (conhecidos popularmente como chimangos ou chapéus-redondos) representavam os fazendeiros do Sudeste e estiveram no poder durante a maior parte do período regencial. Defendiam uma monarquia forte e centralizada. Os liberais exaltados (farroupilhas, jurujubas ou chapéus-de-palha), representantes das classes médias urbanas e dos proprietários rurais das outras províncias, queriam uma monarquia federativa com ampla autonomia provincial. Os mais radicais defendiam uma forma de governo republicana. Os restauradores (caramurus) reivindicavam a volta de Dom Pedro I ao trono brasileiro. Desse grupo participavam comerciantes portugueses, militares, mercenários estrangeiros e importantes políticos do Primeiro Reinado, entre os quais os irmãos Andradas.

[editar] Regência Trina Permanente

Eleita pela Assembléia Geral em junho de 1831, era formada pelos deputados moderados José da Costa Carvalho e João Bráulio Muniz e pelo brigadeiro Francisco de Lima e Silva. Em 1831 e 1837, os liberais exaltados e os restauradores promoveram vários motins populares e levantes de tropas no Rio de Janeiro. Para neutralizar a influência do exército regular, onde exaltados e restauradores tinham grande influência, o ministro da Justiça, padre Diogo Antônio Feijó, criou a Guarda Nacional. Tratava-se de uma força de elite fiel ao governo e composta de 6 mil cidadãos recrutados entre os mais ricos do país. Entre 1831 e 1834, os restauradores lideraram várias rebeliões provinciais. No Grão-Pará, chegaram a tomar o poder por algum tempo. A Abrilada, em Pernambuco, deu origem à Cabanada, movimento que se espalhou pela Zona da Mata e pelo Agreste pernambucano e alagoano entre 1832 e 1835. Mais numerosas e importantes, contudo, foram as revoltas provinciais lideradas pelos exaltados: a Setembrada e a Novembrada, em Recife, em 1831; as três Carneiradas na cidade pernambucana de Goiana (1834-1835); e os levantes militares ocorridos em Salvador. Em São Félix, na Bahia, houve um governo de curta duração, a chamada Federação dos Guanais (1832). Em 1835, tiveram início as duas mais importantes revoluções federalistas: a Guerra dos Farrapos (1835-1845), no Rio Grande do Sul, e a Cabanagem (1835-1840), no Pará. Também em 1835 ocorreu um dos mais importantes levantes urbanos de escravos na história do Brasil, a chamada Revolta dos Malês, promovida por escravos nagôs e hauçás, na cidade de Salvador.

[editar] Ato Adicional de 1834

Incapaz de conter militarmente a agitação que lavrava em todo o país, o governo central procurou atender a algumas reivindicações autonomistas das oligarquias provinciais. A lei aprovada em agosto de 1834 e conhecida como Ato Adicional introduziu modificações fundamentais na Constituição de 1824. Criou Assembléias Legislativas provinciais, extinguiu o Conselho de Estado (reduto de políticos de tendências restauradoras do Primeiro Reinado), transformou a cidade do Rio de Janeiro em município neutro da corte e instituiu a regência una, eleita por votação nacional e fortalecedora dos setores aristocráticos regionalistas e federativos. Concorreram ao cargo, entre outros, o político paulista padre Diogo Antônio Feijó e um membro de importante família pernambucana de senhores de engenho, Antônio Francisco de Paula e Holanda Cavalcanti. A vitória de Feijó confirmou, uma vez mais, a supremacia política do Sudeste.

[editar] Regência Una

Feijó, que assumiu em 12 de outubro de 1835, enfrentou forte oposição na Câmara. Com a morte de Dom Pedro I, em setembro de 1834, antigos restauradores haviam-se unido a liberais descontentes e formado o bloco dos regressistas. Com maioria na Câmara, os regressistas condenavam as concessões feitas no Ato Adicional e exigiam um governo mais forte e centralizado, que esmagasse as revoluções provinciais. Os partidários de Feijó compunham o bloco dos progressistas. Essas facções dariam origem, posteriormente, aos dois partidos do Segundo Reinado, o Conservador e o Liberal. Em setembro de 1837, Feijó demitiu-se e foi substituído pelo regressista Pedro de Araújo Lima. O novo regente teve de enfrentar duas revoltas: a Sabinada (1837-1838), na Bahia, e a Balaiada (1838-1841), no Maranhão. Além de intensificar a repressão contra os farrapos, no sul, e os cabanos, no Norte, Araújo Lima promulgou em maio de 1840 a Lei Interpretativa do Ato Adicional de 1834, a qual reduzia os poderes das Assembléias Legislativas provinciais e a autonomia das províncias. Em junho de 1840, o regente Araújo Lima foi afastado do poder por um golpe parlamentar promovido pelos liberais progressistas, o que acelerou a proclamação da maioridade de Dom Pedro II. Com 15 anos incompletos, o imperador Pedro II iniciou o seu reinado em 23 de julho de 1840.

[editar] Maioridade
Imperador Dom Pedro II do Brasil, 1873.
Imperador Dom Pedro II do Brasil, 1873.

O gabinete liberal foi substituído em 1841 por um conservador, que restaurou o Conselho de Estado e reformou o Código de Processo, dando, assim, continuidade à ação centralizadora iniciada com a Lei Interpretativa. Antes que fossem empossados os deputados eleitos durante o gabinete liberal, o gabinete conservador dissolveu a Câmara e convocou novas eleições. Nas províncias de Minas Gerais e São Paulo, os liberais partiram para a luta armada (maio e junho de 1842). Foram vencidos pelo coronel Luís Alves de Lima e Silva, que recebera o título de barão de Caxias ao esmagar a revolta da Balaiada em 1840-1841. Os farrapos, depois de dez anos de luta, aceitaram em 1845 as condições de paz e a anistia propostas por Caxias, nomeado por Dom Pedro II para o cargo de presidente e comandante das armas da província do Rio Grande do Sul.

[editar] Parlamentarismo

De volta ao poder em 1844, os liberais mantiveram as leis centralizadoras contra as quais se haviam sublevado. O gabinete liberal criou o cargo de presidente do Conselho de Ministros: em vez de nomear diretamente os ministros, o imperador agora escolhia um político de sua confiança que formava o ministério. Esse sistema, denominado parlamentarismo, favoreceu a alternância dos dois partidos no poder e aumentou o peso do poder legislativo nas decisões políticas nacionais. A formação de um ministério conservador em 1848 foi o estopim da Revolta Praieira, em Pernambuco, a última revolução provincial importante do império. A derrota dos praieiros em 1850 marcou o início de um longo período de estabilidade política e prosperidade econômica, que permitiu a formação de governos de coalizão, primeiro a Conciliação (1853-1862) e depois a Liga Progressista (1862-1868).

[editar] Eleições

Segundo a Constituição de 1824, uma das mais liberais de seu tempo,[1] o voto era obrigatório[2] e as eleições eram feitas em dois graus: em primeiro lugar, os votantes escolhiam os eleitores e em seguida, estes últimos elegiam os senadores e deputados[3].

Podiam ser votantes os homens de 25 anos ou mais, com algumas exceções, e que tivessem ao menos 100 mil réis de renda. Enquanto para ser eleitor, era necessário uma renda de pelo menos 200 mil réis.[4] A exigência de renda no Reino Unido era muito maior, mesmo após a reforma de 1832.[5] Dessa forma, é provável que nenhum país europeu da época possuisse uma legislação tão liberal quanto a brasileira.[6]

Os únicos países do mundo que não exigiam renda para votar eram a França e Suíça, onde o sufrágio universal masculino foi introduzido em 1848.[7][8]

No entanto, a exigência de renda para votar no Brasil era muito baixa, pois qualquer assalariado ou pequeno proprietário podia votar.[9][10] Para efeitos comparativos, o empregado civil de menor salário da época, o servente de serviço público, ganhava 600 mil réis.[11]

Os libertos (ex-escravos) não possuiam o direito ao voto, mas os seus filhos e netos poderiam votar,[12] assim como os analfabetos[13] (o que poucos países permitiam).[14]

Assim, em 1870, cerca de 13% da população livre brasileira votava.[15] No Reino Unido, a participação eleitoral era de 7% da população total, na Itália, de 2%, em Portugal, de 9% e na Holanda, de 2,5%.[16] O Reino Unido possuia um percentual eleitoral de 3% da população em 1832, quando realizou uma reforma eleitoral, seguida pela de 1867 e depois, pela de 1884, onde conseguiu expandir o eleitorado para 15%.[17]

A maior parte dos votantes era composta por pessoas de baixa renda.[18] Por exemplo, no município de Formiga, em Minas Gerais, essas compunham 70% do eleitorado em 1876 e em Irajá, na periferia do Rio de Janeiro, a proporção era de 87%.[19]

Entretanto, as fraudes nas eleições eram comuns,[20] mas não passaram despercebidas nem por Dom Pedro II e nem pelos políticos e estudiosos da época, que consideravam um grande problema a ser resolvido.[21][22]

Várias medidas foram tomadas com o intuito de eliminar, ou ao menos, diminuir as fraudes, como as reformas de 1855, de 1875 e 1881.[23] Esta última, a mais importante, e que tornou-se conhecida como "Lei Saraiva", realizou mudanças significativas, pois eliminou a eleição em dois turnos, introduzindo a voto direto e facultativo e permitiu os votos dos libertos, assim como dos acatólicos.[24]

Se por um lado tal reforma trouxe benefícios, pois diminuiu consideravelmente a corrupção e fraude nas eleições,[25][26] permitindo um melhor funcionamento do sistema parlamentar brasileiro,[27][28] também houve os aspectos negativos, pois aos analfabetos não era mais permitido votar.[29] Assim, a taxa de eleitores passou de 13% para apenas 0,8%, em 1886.[30]

De fato, para a maior parte das pessoas de então, o grande problema das eleições eram os analfabetos, que segundo aqueles, não possuiam preparo para votar, pois desconheciam a noção do significado de um governo representativo, da escolha de alguém como seu representante político e eram facilmente corruptíveis, acabando por vender seus votos.[31]

Para Dom Pedro II, a melhor forma de resolver o problema das fraudes nas eleições não era restringindo o direito ao voto, e sim melhorando a educação no país.[32][33]

Mesmo assim, o Brasil foi capaz de manter eleições ininterruptas de 1822 a 1889, fortalecendo o processo eleitoral, assim como o sistema representativo.[34][35]

[editar] Economia

Um período de maior segurança econômica e financeira foi o segundo reinado, pois buscava-se, no período, a obtenção do equilíbrio orçamentário, tanto do Império como das províncias e municípios em que ele se dividia.[36] O Brasil entrou em um período de grande desenvolvimento e progresso, tornando-se mais avançado que muitas nações européias.[37]

No ano de 1844, surgiu a primeira tarifa alfandegária que tinha por objetivo à proteção das poucas manufaturas nacionais então existentes e o incremento de outras, possibilitando um grande avanço para a indústria brasileira.[38]

Em 1850 existiam 50 fábricas, com capital pouco superior a 7.000:000$000. Em 1889, haviam 636 estabelecimentos industriais, com 400.000.000$000 de capital, ocupando 54.000 operários e apresentando uma produção anual no valor de 500.000:000$000.[39]

A produção brasileira anual era de 50:000:000$000 em 1840. Em 1889 era de 500:000:000$000.[40]

Em 1840, a receita do Brasil era de apenas 16:000:000$000 anualmente. Enquanto no final do Império, em 1889, era de 153.000:000$000.[41] O crescimento da receita brasileira entre 1829 e 1889 foi superior a oito vezes. Para efeito de comparação, somente os Estados Unidos possuiram uma taxa de crescimento semelhante, enquanto no Reino Unido, foi de duas vezes e meia entre 1830 e 1880 e na França, entre 1850 e 1890, três vezes e meia.[42]

Durante o Império, o Brasil possuia a oitava maior receita do mundo, atrás somente dos Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, Prússia, Áustria e Espanha.[43]

[editar] Progresso

Em 30 de abril de 1854 abriram-se os primeiros quinze quilômetros de estrada de ferro no Brasil. Em 1868, eram 718 quilômetros em tráfego. Em 1889, havia 9.200 quilômetros em tráfego e 9 mil em construção.[44]

Com a adoção da navegação a vapor, a construção das primeiras estradas de ferro e de rodagem, o mercado interno brasileiro cresceu extraordinariamente até o fim do Império.[45]

O telégrafo elétrico surgiu em 1852, no Rio de Janeiro, sendo inspiração direta do Imperador. As linhas espalharam-se pelo país de norte ao sul. Em 1873 foi inaugurada no Brasil a segunda linha telegráfica submarina que ligava as Américas a Europa (O outro país que a lançou primeiro foram os EUA). Em 1889, havia 18.925 quilômetros de linhas telegráficas.[46]

No final do período monárquico surgiu outra forma de comunicação: o telefone em 1876, onde o primeiro aparelho foi instalado no palácio de São Cristóvão e em alguns anos se difundiu pelo país.[47]

A capital do Império tornou-se a quinta cidade do mundo a possuir uma estação de tratamento de esgotos, tendo o serviço se iniciado na década de 1860.[48]

O gás canalizado, utilizado para iluminação, surgiu primeiro no Rio de Janeiro, em 1854. No ano de 1874, dez mil residências da Corte, cinco mil estabelecimentos públicos e seis mil lampiões de rua eram servidos pelo gás canalizado.[49]

Em 1883, a cidade de Campos dos Goitacases, no Rio de Janeiro, foi à pioneira na América do Sul na introdução da energia elétrica como serviço público de iluminação.[50]

Até 1850 recebera o Brasil uns 19 mil imigrantes. Entre 1855 e 1862, a média da entrada deles fora de 15 mil por ano.[51]

O historiador Heitor Lyra em sua obra “História de Dom Pedro II”, considerada a melhor biografia a respeito do segundo Imperador, pela abrangência e riqueza de fontes,[52] definiu o progresso no Brasil imperial da seguinte forma:

O Império, sob o ponto de vista do progresso e do desenvolvimento material do país, não foi o atraso e a estagnação, de que ainda hoje é acusado por quantos não se querem dar ao trabalho de estudar e conhecer melhor esse período da nossa História. E a verdade é o que o Brasil era, de fato, e de direito, sob este e outros aspectos, a primeira Nação da América Latina. Essa hegemonia ela iria conservar até o último dia da Monarquia.[53]

[editar] Lavoura do café

No final do período regencial, a economia brasileira começara a apresentar sinais de recuperação, graças ao surgimento de uma nova lavoura de exportação, a cafeeira. O café era cultivado, a princípio, apenas para consumo doméstico e local. No começo do séc. XIX, transformou-se em um produto economicamente importante para o país. As grandes fazendas de café se expandiram pelo vale do rio Paraíba, na província do Rio de Janeiro, penetrando, em seguida, no sudeste de Minas Gerais e norte de São Paulo. O avanço do café coincidiu com a decadência das lavouras tradicionais - algodão e açúcar. Entre 1837 e 1838, as exportações de café, destinadas principalmente aos E.U.A., correspondiam a mais da metade do valor das exportações brasileiras. A lavoura cafeeira proporcionou aos grandes proprietários rurais do Sudeste (os barões do café) o suporte econômico necessário para consolidarem sua supremacia política perante as demais províncias do país.

[editar] Predomínio paulista

Por volta de 1875, começou a delinear-se uma nítida separação, no Sudeste, entre duas zonas cafeeiras distintas. De um lado, o vale do Paraíba e adjacências, onde dominavam as relações de trabalho escravistas e um sistema de exploração descuidado que foi responsável pelo esgotamento dos solos, a queda da produtividade e a decadência dos cafezais após algumas décadas de prosperidade. Do outro lado, o chamado Oeste Paulista, a zona de terra roxa em torno de Campinas e Ribeirão Preto, cujos fazendeiros, além de introduzirem máquinas agrícolas e melhorias no processo de cultivo e beneficiamento do café, foram os primeiros a substituir a mão-de-obra escrava, que se tornava escassa e caríssima, pelo trabalho assalariado livre, quer de brasileiros quer de imigrantes. Em 1860, 80% da produção cafeeira provinha ainda da província do Rio de Janeiro. Por volta de 1885, a produção paulista ultrapassou a fluminense e, nos últimos anos do séc. XIX, correspondia a quase metade da produção global do país.

[editar] Tráfico negreiro

Tentando atrair o capital do tráfico para a industrialização, a Inglaterra extinguiu o comércio de escravos (1807) e passou a mover intensa campanha internacional contra o tráfico negreiro. Nas negociações do reconhecimento da independência do Brasil, a Inglaterra condicionara o seu apoio à extinção do tráfico e forçara Dom Pedro I a assinar, em 1826, um convênio no qual se comprometia a extingui-lo em três anos. Cinco anos depois, a regência proibiu a importação de escravos (1831), mas a oposição dos grandes proprietários rurais impediu que isso fosse levado à prática. Estimulado pela crescente procura de mão-de-obra para a lavoura cafeeira, o tráfico de escravos aumentou: desembarcaram no Brasil 19.453 escravos em 1845, 60 mil em 1848 e 54 mil em 1849.

[editar] Extinção do tráfico negreiro

Os navios ingleses perseguiam os navios negreiros até dentro das águas e dos portos brasileiros, o que deu origem a vários atritos diplomáticos entre o governo imperial e o britânico. Finalmente, em 4 de setembro de 1850, foi promulgada a Lei da Extinção do Tráfico Negreiro, mais conhecida como Lei Eusébio de Queirós. Em 1851, entraram 3.827 escravos no Brasil, e apenas 700 no ano seguinte. O fim da importação de escravos estimulou o tráfico interprovincial: para saldar suas dívidas com especuladores e traficantes, os senhores dos decadentes engenhos do Nordeste e do Recôncavo Baiano passaram a vender, a preços elevados, suas peças (escravos) para as prósperas lavouras do vale do Paraíba e outras zonas cafeeiras. Forçados pela escassez e encarecimento do trabalhador escravo, vários cafeicultores paulistas começaram a trazer colonos europeus para suas fazendas, como fizera o senador Nicolau de Campos Vergueiro, em 1847, numa primeira experiência malsucedida. A mão-de-obra assalariada, porém, só se tornaria importante na economia brasileira depois de 1870, quando o governo imperial passou a subvencionar e a regularizar a imigração, e os proprietários rurais se adaptaram ao sistema de contrato de colonos livres. Mais de 1 milhão de europeus (dos quais cerca de 600 mil italianos) imigraram para o Brasil em fins do séc. XIX.

[editar] Atividades urbanas

A extinção do tráfico negreiro liberou subitamente grande soma de capitais que afluíram para outras atividades econômicas. Entre 1850 e 1860, foram fundadas 62 empresas industriais, 14 bancos, três caixas econômicas, 20 companhias de navegação a vapor, 23 companhias de seguros e oito estradas de ferro. A cidade do Rio de Janeiro, o grande empório do comércio de café, modernizou-se rapidamente: suas ruas foram calçadas, criaram-se serviços de limpeza pública e de transportes urbanos, e redes de esgoto e de água. A geração de empresários capitalistas que surgiu nesse período teve em Irineu Evangelista de Sousa, barão e depois visconde de Mauá, sua figura mais representativa. Em 1844, o ministro da Fazenda, Manuel Alves Branco, contrariando os interesses dos comerciantes e industriais ingleses, colocou em vigor novas tarifas alfandegárias que variavam em torno de 30%, o dobro, portanto, das anteriores. Embora visasse a solucionar a carência de recursos financeiros do governo imperial, essa medida teve efeitos protecionistas: ao tornar mais caros os produtos importados, favorecia a fabricação de similares nacionais.

[editar] Guerras externas

A bacia do rio da Prata foi o palco dos principais conflitos externos em que o império brasileiro se envolveu. Com o objetivo de assegurar a livre navegação nos rios Uruguai, Paraguai e Paraná, e no estuário do Prata, o governo imperial procurou explorar os conflitos entre Buenos Aires e as outras províncias argentinas, assim como as lutas entre os partidos que disputavam o poder no Uruguai, os blancos (brancos), de Manuel Oribe, e os colorados (vermelhos), de José Fructuoso Rivera.

[editar] Guerra do Prata

Ver artigo principal: Guerra contra Oribe e Rosas

A política externa do Brasil no Prata esteve, na maioria das vezes, alinhada com os objetivos da Inglaterra. A fim de preservar o controle sobre os mercados platinos, a Inglaterra procurava impedir que os rios caíssem sob o domínio exclusivo de um país ou porto. A principal ameaça à livre navegação nos rios platinos eram as intenções do governo argentino, presidido por Juan Manuel Rosas, de formar uma grande confederação englobando as repúblicas do Paraguai e do Uruguai sob a hegemonia política e econômica do porto de Buenos Aires. Em 1851, o império brasileiro efetuou uma intervenção militar no Uruguai e depôs Oribe. Pouco depois, invadiu a Argentina e depôs Rosas. O império assinou com os novos governos do Uruguai e da Argentina vantajosos tratados de amizade, navegação, comércio e limites.

[editar] Guerra do Paraguai
Batalha do Avaí.
Batalha do Avaí.

Ver artigo principal: Guerra do Paraguai

Em abril de 1864, o presidente uruguaio Atanásio Aguirre, do Partido Blanco, recebeu um ultimato do governo brasileiro exigindo compensação por supostos prejuízos sofridos por criadores brasileiros em disputas de fronteira, por questões de gado. Depois de assegurar o apoio político e diplomático do presidente paraguaio Francisco Solano López, Aguirre recusou o ultimato e queimou em praça pública todos os tratados assinados pelos governos anteriores com o Brasil. Após o rompimento das relações diplomáticas, o império ocupou o Uruguai.

Não surtiram efeito os protestos diplomáticos de López condenando a invasão do Uruguai. A derrota de Aguirre deixaria o Paraguai imprensado entre dois poderosos blocos nacionais - Argentina e Brasil - que poderiam estrangular a passagem pelos rios, sua única via de acesso ao exterior. Em novembro de 1864, tropas paraguaias aprisionaram o navio brasileiro Marquês de Olinda e invadiram a província de Mato Grosso. Não conseguiram, porém, impedir ou retardar a derrota dos Blancos no Uruguai. Em 1º de maio de 1865, Brasil, Argentina e Uruguai firmaram o Tratado da Tríplice Aliança e iniciaram a Campanha Militar contra o Paraguai. O cenário principal da guerra foi o médio curso dos rios Paraguai, Paraná e Uruguai. Depois que a esquadra brasileira conseguiu abrir caminho pelo passo de Humaitá (1868), caíram, uma em seguida a outra, as fortalezas que guarneciam o acesso a Assunção, capital paraguaia. Após a queda de Assunção, López refugiou-se nas cordilheiras com o que restava do seu exército. Sua morte, em março de 1870, selou a vitória definitiva da Tríplice Aliança.

[editar] Abolicionismo e republicanismo

Finda a guerra do Paraguai, reavivou-se a polêmica em torno do escravismo, ao mesmo tempo que ressurgiam os ideais republicanos no Brasil. Tanto o republicanismo como o abolicionismo encontraram ampla acolhida entre as camadas médias urbanas que se haviam expandido com as transformações econômicas ocorridas a partir de 1850. A ascensão do Ministério Itaboraí, conservador e escravocrata, em 1868, assinalou o fim da política de compromisso entre os partidos Conservador e Liberal. Nesse mesmo ano, formou-se o Partido Liberal-Radical, cujo programa incluía a reivindicação do voto direto e generalizado, a extinção do Poder Moderador do imperador, a eleição dos presidentes de províncias pelas próprias províncias e a substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre. Em 1870, a ala mais radical desse partido fundou, no Rio de Janeiro, o Partido Republicano.

[editar] Campanha abolicionista

A divulgação do Manifesto Republicano coincidiu com a intensificação da campanha abolicionista. Em 28 de setembro de 1871, foi aprovada a Lei do Ventre Livre, que libertava os filhos de mulher escrava nascidos daquela data em diante. A mãe conservava o ingênuo (nascido livre) até os oito anos. O senhor poderia utilizar os serviços do ingênuo até os 21 anos, pagando-lhe salário, a menos que preferisse libertá-lo e receber a indenização oferecida pelo governo. Além de não conseguir deter a campanha abolicionista, o governo imperial envolveu-se numa séria desavença com a Igreja Católica, conhecida como Questão Religiosa (1872-1875), a qual contribuiu para desgastar mais ainda as bases de sustentação do regime monárquico. Depois de 1880, o abolicionismo ganhou novo fôlego. A Sociedade Brasileira contra a Escravidão e a Associação Central Emancipacionista, fundadas nesse ano no Rio de Janeiro, passaram a coordenar a propaganda contra a escravidão através da imprensa, de reuniões e conferências. Destacaram-se nessa campanha os jornalistas negros Luís Gama e José do Patrocínio, o poeta Antônio de Castro Alves, o engenheiro André Rebouças e o parlamentar Joaquim Nabuco. Os abolicionistas conquistaram adeptos também nos círculos militares, onde já se havia difundido a filosofia positivista, por iniciativa de Benjamin Constant. A recusa do exército em perseguir os escravos que fugiam em massa das fazendas (muitas vezes com a ajuda da ala mais radical dos abolicionistas) deu origem a questões militares.

[editar] Lei Áurea

Ver artigo principal: Lei Áurea

Levado pela força dos acontecimentos, o governo central fazia pequenas concessões que não contentavam nem aos escravocratas nem aos abolicionistas. Em 1885, foi promulgada a Lei Saraiva-Cotegipe, mais conhecida como Lei dos Sexagenários. Tratava-se, em verdade, de norma contraproducente, pois ao libertar os escravos maiores de 60 anos, desobrigava os proprietários de sustentá-los quando já estavam cansados e doentes, condenando-os à mendicância. Finalmente, em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel, regente do trono (por motivo de viagem do imperador, seu pai), assinou a Lei Áurea, que libertou os últimos 720 mil escravos existentes no país (5% da população). Grande número desses escravos, aliás, já se havia rebelado, recusando-se a trabalhar sem remuneração ou fugindo de seus proprietários. Os fazendeiros do vale do Paraíba, únicos a votar contra a aprovação da lei no Parlamento, pois eram os mais prejudicados, passaram para o Partido Republicano. Eles tinham a esperança de que o novo regime lhes indenizaria as perdas sofridas.

[editar] Fim do Império

Ver artigo principal: Dom Pedro II

Isso tudo bastou para no dia 15 de Novembro de 1889 o Marechal Deodoro da Fonseca proclamasse por meio de um golpe militar o inicio da República e o fim do Império. Previa-se um plebiscito para legalizar a república no país, o qual só foi feito 104 anos depois, em 1993.

[editar] Referências

1. ↑ CARVALHO, José Murilo de, A Monarquia Brasileira, Livro Técnico, 1993
2. ↑ CARVALHO, José Murilo de, Cidadania no Brasil, Civilização Brasileira, 2007
3. ↑ VAINFAS, Ronaldo, Dicionário do Brasil Imperial, Objetiva, 2002
4. ↑ VAINFAS, Ronaldo, Dicionário do Brasil Imperial, Objetiva, 2002
5. ↑ CARVALHO, José Murilo de, Cidadania no Brasil, Civilização Brasileira, 2007
6. ↑ CARVALHO, José Murilo de, Cidadania no Brasil, Civilização Brasileira, 2007
7. ↑ VAINFAS, Ronaldo, Dicionário do Brasil Imperial, Objetiva, 2002
8. ↑ CARVALHO, José Murilo de, Cidadania no Brasil, Civilização Brasileira, 2007
9. ↑ CARVALHO, José Murilo de, A Monarquia Brasileira, Livro Técnico, 1993
10. ↑ VAINFAS, Ronaldo, Dicionário do Brasil Imperial, Objetiva, 2002
11. ↑ CARVALHO, José Murilo de, A Monarquia Brasileira, Livro Técnico, 1993
12. ↑ VAINFAS, Ronaldo, Dicionário do Brasil Imperial, Objetiva, 2002
13. ↑ CARVALHO, D. Pedro II, Companhia das Letras, 2007
14. ↑ CARVALHO, José Murilo de, A Monarquia Brasileira, Livro Técnico, 1993
15. ↑ CARVALHO, José Murilo de, A Monarquia Brasileira, Livro Técnico, 1993
16. ↑ VAINFAS, Ronaldo, Dicionário do Brasil Imperial, Objetiva, 2002
17. ↑ CARVALHO, José Murilo de, Cidadania no Brasil, Civilização Brasileira, 2007
18. ↑ CARVALHO, José Murilo de, A Monarquia Brasileira, Livro Técnico, 1993
19. ↑ VAINFAS, Ronaldo, Dicionário do Brasil Imperial, Objetiva, 2002
20. ↑ CARVALHO, D. Pedro II, Companhia das Letras, 2007
21. ↑ CARVALHO, D. Pedro II, Companhia das Letras, 2007
22. ↑ VAINFAS, Ronaldo, Dicionário do Brasil Imperial, Objetiva, 2002
23. ↑ VAINFAS, Ronaldo, Dicionário do Brasil Imperial, Objetiva, 2002
24. ↑ CARVALHO, José Murilo de, Cidadania no Brasil, Civilização Brasileira, 2007
25. ↑ CARVALHO, D. Pedro II, Companhia das Letras, 2007
26. ↑ VAINFAS, Ronaldo, Dicionário do Brasil Imperial, Objetiva, 2002
27. ↑ CARVALHO, D. Pedro II, Companhia das Letras, 2007
28. ↑ VAINFAS, Ronaldo, Dicionário do Brasil Imperial, Objetiva, 2002
29. ↑ CARVALHO, José Murilo de, Cidadania no Brasil, Civilização Brasileira, 2007
30. ↑ VAINFAS, Ronaldo, Dicionário do Brasil Imperial, Objetiva, 2002
31. ↑ CARVALHO, José Murilo de, Cidadania no Brasil, Civilização Brasileira, 2007
32. ↑ CARVALHO, D. Pedro II, Companhia das Letras, 2007
33. ↑ VAINFAS, Ronaldo, Dicionário do Brasil Imperial, Objetiva, 2002
34. ↑ CARVALHO, D. Pedro II, Companhia das Letras, 2007
35. ↑ VAINFAS, Ronaldo, Dicionário do Brasil Imperial, Objetiva, 2002
36. ↑ VIANNA, Hélio, História do Brasil, Melhoramentos, 1994
37. ↑ LYRA, Heitor, História de Dom Pedro II, 1º volume, Universidade de São Paulo, 1977
38. ↑ VIANNA, Hélio, História do Brasil, Melhoramentos, 1994
39. ↑ VIANNA, Hélio, História do Brasil, Melhoramentos, 1994
40. ↑ VIANNA, Hélio, História do Brasil, Melhoramentos, 1994
41. ↑ CALMON, Pedro, História da Civilização Brasileira, Senado Federal, 2002
42. ↑ CARVALHO, José Murilo de, Teatro das Sombras, Relume-Dumara, 1996
43. ↑ LYRA, Heitor, História de Dom Pedro II, 1º volume, Universidade de São Paulo, 1977
44. ↑ CALMON, Pedro, História da Civilização Brasileira, Senado Federal, 2002
45. ↑ VIANNA, Hélio, História do Brasil, Melhoramentos, 1994
46. ↑ CALMON, Pedro, História da Civilização Brasileira, Senado Federal, 2002
47. ↑ VAINFAS, Ronaldo, Dicionário do Brasil Imperial, Objetiva, 2002
48. ↑ VAINFAS, Ronaldo, Dicionário do Brasil Imperial, Objetiva, 2002
49. ↑ VAINFAS, Ronaldo, Dicionário do Brasil Imperial, Objetiva, 2002
50. ↑ VAINFAS, Ronaldo, Dicionário do Brasil Imperial, Objetiva, 2002
51. ↑ VAINFAS, Ronaldo, Dicionário do Brasil Imperial, Objetiva, 2002
52. ↑ CARVALHO, D. Pedro II, Companhia das Letras, 2007
53. ↑ LYRA, Heitor, História de Dom Pedro II, 1º volume, Universidade de São Paulo, 1977

[editar] Ver também

* Rei do Brasil
* Família Imperial Brasileira
* Príncipe Imperial do Brasil
* Príncipe do Brasil
* Governantes do Brasil
* História do Brasil
* Guerra Cisplatina
* Revolução Farroupilha
* Guerra do Paraguai
* Primeiro Reinado
* Segundo Reinado
* Cronologia do Brasil Império

[editar] Ligações externas

* Casa Imperial do Brasil
* Museu Imperial de Petrópolis
* Tratado do Rio de Janeiro de 1825


Família Imperial Brasileira
Precursores: D. João VI de Portugal | D. Carlota Joaquina
1ª geração: D. Pedro I | D.Leopoldina de Áustria | D. Amélia de Leuchtenberg
2ª geração: D. Pedro II | D. Teresa de Duas Sicílias | D. Januária Maria | D. Paula Mariana | D. Francisca Carolina | D. Maria II de Portugal | D. Maria Amélia
3ª geração: D. Isabel Leopoldina | D. Luís Gastão d'Eu | D. Afonso Pedro | D. Leopoldina Teresa | D. Pedro Afonso
4ª geração: D. Luísa Vitória | D. Pedro de Alcântara | D. Luís Maria Filipe | D. Antônio Gastão
5ª geração em diante: Ramo de Vassouras | Ramo de Petrópolis | Ramo de Saxe-Coburgo e Bragança

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ordens honorificas do Brasil

Ordens honoríficas do Brasil
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Ordens honoríficas
do Brasil
Imperiais[ Expandir ]

Imperial Ordem de
Nosso Senhor Jesus Cristo
Imperial Ordem de
São Bento de Avis
Imperial Ordem de
Sant'Iago da Espada
Imperial Ordem do Cruzeiro
Imperial Ordem de Pedro Primeiro
Imperial Ordem da Rosa
Militares[ Expandir ]

Ordem do Mérito Militar
Ordem do Mérito Naval
Ordem do Mérito Aeronáutico
Ordem do Mérito Judiciário Militar
Ordem do Mérito das Forças Armadas
Nacionais[ Expandir ]

Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul
Ordem Nacional do Mérito
Comissão Permanente
do Livro do Mérito
Ordem de Rio Branco
Ordem do Congresso Nacional
Ordem Nacional do Mérito Científico
Civis[ Expandir ]

Ordem do Mérito Médico
Ordem do Mérito do Trabalho
Ordem do Mérito Educativo
Ordem do Mérito
Judiciário Trabalhista
Ordem do Mérito Judiciário
Ordem do Mérito
Desportivo Universitário
Ordem do Mérito das Comunicações
Republicanas extintas[ Expandir ]

Ordem de Colombo
Legião de Honra Marechal Rondon

As ordens honoríficas do Brasil são galardões atribuídos em reconhecimento a serviços relevantes prestados à nação. Tendo sido as primeiras ordens regulamentadas já por meio da Constituição de 1824, atualmente são todavia tidas como oficiais apenas aquelas criadas após a proclamação da República.

Há honrarias concedidas especificamente a determinadas áreas, como a agrícola, a militar, a aeronáutica, a naval, a médica, a jurídica e assim por diante.
Índice
[esconder]

* 1 Ordens imperiais
* 2 Ordens republicanas
* 3 Bibliografia
* 4 Ligações externas

[editar] Ordens imperiais

Logo após a Independência do Brasil, D. Pedro I tratou de “nacionalizar” as principais ordens honoríficas portuguesas então em vigor. Assim, passou-se a haver a Imperial Ordem de Avis, a Imperial Ordem de Cristo e a Imperial Ordem de Santiago da Espada, das quais apenas a última foi praticamente ignorada durante toda a fase imperial[1]. Há, todavia, uma divergência entre autores sobre quando verdadeiramente se deve considerar essas ordens "abrasileiradas" pois, logo após a Independência, D. Pedro I passou a conceder tais honrarias sem ser o verdadeiro grão-mestre de nenhuma delas -- que à altura ainda era seu pai, D. João VI. Um aspecto que contribuiu para tal confusão é o fato de que, ao chegar ao Brasil fugido das tropas napoleônicas, D. João VI recriou na colônia todo o aparato jurídico que coordenava tais assuntos, notadamente o Tribunal da Mesa do Desembargo do Paço e da Consciência e Ordens, que só foi extinto por Lei de 22 de setembro de 1828, passando então o cargo à recente Secretaria de Estado dos Negócios do Império, também chamada de Ministério do Império. Após a partida de D. João VI de volta a Lisboa, em 1821, D. Pedro I passou a conceder as honrarias como príncipe regente, primeiramente, e como Imperador do Brasil, posteriormente. Apenas em 1827, com a morte do pai e seu reconhecimento como herdeiro aparente legítimo, é que D. Pedro I, agora como Pedro IV de Portugal, tornou-se grão-mestre das reais ordens portuguesas.

No Brasil, D. Pedro procurou então legitimar os agraciados brasileiros do período de 1822 a 1827, enviando o embaixador do país no Vaticano para obter do Papa Leão XII o reconhecimento das ordens -- então de caráter religioso. Disso resultou a bula Praeclara Portugaliiae Algarbiorumque Regum, de 15 de maio de 1827, reconhecendo as ordens brasileiras. Todavia, a bula causou polêmicas tanto em Portugal quanto no Brasil, nunca vindo a ser ratificada pelo parlamento brasileiro. A partir de então, de acordo com Luís Marques Poliano, as três ordens brasileiras de origens portuguesas pararam de ter novos agraciados, caindo no esquecimento. Foram definitivamente regularizadas apenas por Decreto de 9 de setembro de 1843, o qual retirou o caráter religioso dessas ordens, tornando-as prêmios meramente honoríficos, e oficializou o Imperador, então D. Pedro II, como seu grão-mestre.

Além dessas, outras ordens foram criadas, como a Imperial Ordem da Rosa, a Imperial Ordem do Cruzeiro e a Ordem de Pedro Primeiro, considerada a mais rara de todas as ordens brasileiras do período imperial. Todas as seis ordens foram criadas ainda no Primeiro Reinado.

Contabilizando-se as quatro principais ordens durante os cinqüenta e sete anos do Segundo Reinado – de Avis, de Cristo, da Rosa e do Cruzeiro --, D. Pedro II do Brasil condecorou em torno de 25.109 pessoas, entre nacionais e estrangeiros[2]. Há que se ressaltar que, entre o Primeiro e o Segundo Reinados, houve um interregno promovido pelo Período Regencial, durante o qual os regentes estavam proibidos de conferir tanto títulos nobiliárquicos quanto honrarias, por conta da Lei Regencial, aprovada durante a chamada Regência Trina Provisória.

Nota-se que é corriqueiro encontrar pequenas variações nos desenhos dessas ordens, principalmente no que consta à coroa imperial que as encima – ora a de Pedro I, ora a de Pedro II. Um dos motivos que explicam essa variação no desenho é que os galardoados precisavam comprar as insígnias recebidas, permitindo-lhes então pequenas interferências na concepção dessas. Também, era comum a cobrança de emolumentos pelo reconhecimento do Estado, à exceção da classe militar, ou dos civis cujas distinções foram recebidas por serviços prestados em campo-de-batalha. A prática da cobrança pelos títulos recebidos não se manteve após a República.

[editar] Ordens republicanas

Após o golpe militar de 1889, a maior parte das ordens imperiais foi extinta, à exceção da de Avis, que continuou exclusivamente para a condecoração de militares -- tanto do Exército quanto da Marinha -- e a do Cruzeiro. Foram perpetuadas pelo Marechal Deodoro da Fonseca, por meio do Decreto nº 227 F de 22 de março de 1890, o qual as tornou privativas dos militares, sendo criada aos civis a Ordem de Colombo, por meio do Decreto nº 456 de 6 de junho de 1890. Até a proibição definitiva das duas primeiras pela Constituição de 1891, chegou da Fonseca a distribuir as ordens de Avis e do Cruzeiro a 724 pessoas.[3]

Apesar do artigo 72, parágrafo 1º, da Carta brasileira de 1891 extingüir as antigas ordens honoríficas imperiais, não proibiu seus galardoados de ostentá-las, como bem observou o ministro do Interior João Barbalho Uchôa Cavalcanti, por meio de Aviso Interpretativo de 23 de março de 1891, ganhas à custa de sangue e arriscadíssimos trabalhos, ao nobre influxo do ardor patriótico e acurado de civismo . Esse aviso consta entre as minutas e nos arquivos do Diário Oficial relativos ao Ministério da Justiça.

As condecorações estrangeiras ganhas após o advento da República, por sua vez, só poderiam ser aceitas pelos cidadãos brasileiros após prévia permissão do Ministério do Interior, conforme Decreto de 1899 referendado pelo então ministro da justiça Epitácio Pessoa, sob pena de se perder os direitos políticos. Apesar de se fazer, na prática, letra morta, quem primeiro desafiou publicamente esse decreto foi Rui Barbosa, durante a Campanha Civilista. Uma foto sua publicada, ostentando diversas insígnias estrangeiras, causou impressão no público, ao que foi prontamente rebatido por Barbosa dizendo que, por não se tratar de honrarias com foros de nobreza, poderiam ser aceitas sem insultar a Constituição de 1891. A segunda pessoa pública a fazer afronta ao Decreto de 1899 foi o mesmo Epitácio Pessoa, agora como presidente da República, utilizando do mesmo argumento de Barbosa ao defender o empossamento de José Félix Alves Pacheco como senador pelo Piauí, cuja candidatura fora contestada por ter ele recebido uma condecoração belga. Seguindo o mesmo princípio, a Constituição de 1934 passou apenas a consignar a perda de direitos políticos caso a condecoração estrangeira entregue a brasileiros fosse de cunho nobiliárquico, caso implicasse restrição de direitos e deveres para com a República , e cuja lógica se mantém até os dias atuais.

Durante o período imperial, cabia o registro de todos os condecorados ao Ministério do Império, à exceção da Imperial Ordem do Cruzeiro, que possuía chancelaria especial. Posteriormente, coube ao Ministério do Interior, já no período republicano, a tarefa de registro das ordens. Após determinado período, cada Ministério passou a ter um registro próprio das condecorações que lhe competem. Atualmente, há um esforço para que a chancelaria do Ministério das Relações Exteriores, responsável pelo registro das duas principais ordens brasileiras, a do Cruzeiro e a de Rio Branco, centralize o registro de todas as condecorações. Principalmente porquê, desde meados de 1950, passou-se a haver uma proliferação de ordens de mérito de maneira descontrolada por todo o Brasil, algumas ilegais, a exemplo da Legião de Honra Marechal Rondon.

Notas

1. ↑ POLIANO, Luís Marques. Heráldica, pág. 372. Ed. GRD. Rio de Janeiro, 1986.
2. ↑ POLIANO, Luís Marques. Heráldica, pág. 372. Ed. GRD. Rio de Janeiro, 1986.
3. ↑ POLIANO, Luís Marques. Heráldica, pág. 371. Ed. GRD. Rio de Janeiro, 1986.

[editar] Bibliografia

* POLIANO, Luís Marques. Heráldica. Ed. GRD. Rio de Janeiro, 1986.
* POLIANO, Luís Marques. Ordens honoríficas do Brasil.

[editar] Ligações externas

* Moedas de honra

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Ordens_honor%C3%ADficas_do_Brasil"

Categoria: Ordens honoríficas do Brasil

ordem de santiago da espada

Ordem de Santiago
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Emblema da Ordem de Santiago – a Cruz Espatária ou a Espada Crucífera.
Emblema da Ordem de Santiago – a Cruz Espatária ou a Espada Crucífera.

A Ordem Militar de Santiago é uma ordem religiosa-militar castelhano-leonesa instituída por Afonso VIII de Castela e aprovada pelo Papa Alexandre III, tornando-a assim uma ordem supranacional, directamente responsável perante o chefe máximo da Cristandade. Apesar disso, os primórdios da ordem são confusos, já que, antes de ser instituída formalmente por Afonso VIII, já o seu sobrinho-neto Fernando II de Leão lhes havia concedido a guarda da cidade de Cáceres, na Extremadura (a qual, no entanto, tiveram que abandonar por haver sido conquistada pelos muçulmanos).

Os Cavaleiros de Santiago, chamados de Santiaguistas ou Espatários (por ser o seu símbolo uma espada em forma crucífera – ou uma cruz de forma espatária, dependendo do ponto de vista), fizeram votos de pobreza e de obediência, mas, seguindo a regra de Santo Agostinho ao invés da de Cister, os seus membros não eram obrigados ao voto de castidade, e podiam como tal contrair matrimónio (alguns dos seus fundadores eram casados). No entanto, a bula papal recomendava (não obrigava) o celibato, e os estatuos da fundação da Ordem afirmavam, seguindo um princípio das cartas paulinas: "Em castidade conjugal, vivendo sem pecado, assemelham-se aos primeiros padres apostólicos, porque é melhor casar do que viver consumindo-se pelas paixões".
Santiago Maior como Santiago Matamouros, envolvido no manto da Ordem. Pintura da escola de Cuzco, século XVII.
Santiago Maior como Santiago Matamouros, envolvido no manto da Ordem. Pintura da escola de Cuzco, século XVII.

Afonso VIII cedeu-lhes Uclés (em 1174), que se tornou a principal sede da ordem – donde, a designação usada nos primeiros tempos para a Ordem como Ordem de Uclés – e mais tarde Moya, Mira Osa, Montiel e Alfambra.

Os Espatários participaram na reconquista de Teruel e Castellón e combateram na batalha de Navas de Tolosa (1212). Os monarcas, primeiro de Leão, depois de Castela, concederam-lhe inúmeros privilégios, para além de lhe darem a posse de extensas regiões, com o intuito de as repovoar, na Andaluzia e em Múrcia.

Durante o século XV, a ordem transferiu o seu campo de actuação para a Serra Morena, e os seus mestres tomaram como residência a povoação de Llerena (Badajoz), proporcionando un grande crescimento na região.

Com o passar do tempo e o fim da Reconquista, a Ordem de Santiago viu-se implicada nas lutas internas de Castela. Ao mesmo tempo, devido aos seus inúmeros bens, teve que, por várias vezes, sustentar as pretensões da Coroa. Por outro lado, sendo o cargo de Grão-mestre de tamanha importância, eram frequentes as lutas entre grandes famílias para alcançar essa dignidade.

Devido a todos estes problemas, após a morte do Grão-mestre Alonso de Cárdenas em 1493, os Reis Católicos pediram à Santa Sé que providenciasse uma forma de acabar com os problemas na administração da ordem, reservando para si mesmos o mestrado da ordem – medida que era ao mesmo tempo uma necessidade e uma recompensa pelos serviços prestados pelos reis de Castela e Aragão ao serviço da fé católica (em 1492 fora conquistado o último reduto muçulmano da Península Ibérica – Granada). Assim, por uma bula de 1493, o papa concedeu aquela dignidade aos Reis Católicos.

Após a morte de Fernando, o Católico, tornou-se grão-mestre da Ordem Carlos I de Espanha; volvidos sete anos, em 1523, o Papa Adriano VI uniu para sempre à coroa de Espanha os grão-mestrados das Ordens de Santiago, Calatrava e Alcântara, tornando-se este um mero título hereditário dos reis de Espanha. Até então, o Grão-Mestre de Santiago era eleito pelo Conselho dos Treze, assim chamado por estarem presentes treze cavaleiros designados de entre os governadores e comendadores provinciais da Ordem.

[editar] A Ordem em Portugal
Variante da cruz de Santiago, em tons de púrpura.
Variante da cruz de Santiago, em tons de púrpura.

Em Portugal, a ordem começou também a actuar logo desde os seus primórdios, ainda em reinado de Afonso Henriques, mas só teve maior visibilidade a partir do reinado de Afonso II, e sobretudo, Sancho II. Detiveram como sedes o castelo de Palmela e, depois, o de Alcácer do Sal, que se tornou sede da província espatária portuguesa.

Foi mestre comendatário da Ordem em Alcácer o grande Paio Peres Correia, que acabaria por chegar a Grão-Mestre da Ordem, em Uclés, mas não sem antes ter dado um valoroso contributo para a reconquista de Portugal – as suas forças, muitas das vezes lideradas por ele pessoalmente, conquistaram, entre 1234 e 1242, grande parte do Baixo Alentejo e do Algarve (Mértola, Beja, Aljustrel, Almodôvar, Tavira, Castro Marim, Cacela ou Silves); foi também com o auxílio desta Ordem que Afonso III consumou a conquista do Algarve, em 1249, tomando os derradeiros redutos muçulmanos de Faro, Loulé, Albufeira e Aljezur.

Como recompensa, a Ordem foi agraciada, em territórios portugueses, com várias destas terras do Alentejo e do Algarve, com a missão de as povoar e defender. A isso não é alheio, ainda hoje, o facto de muitas delas terem por orago Santiago Maior, e de nas suas armas figurar a cruz espatária.

Chamada mais tarde de Ordem de Santiago da Espada, constituiu-se em ordem honorífica em Portugal, da qual o chefe do Estado português se constitui o Grão-Mestre.

[editar] Grão-Mestres da Ordem de Santiago
O traje de um cavaleiro de Ordem de Santiago.
O traje de um cavaleiro de Ordem de Santiago.

1. Pedro Fernández (1170-1184)
2. Fernando Díaz (1184-1186)
3. Sancho Fernández (1186-1193)
4. Gonzalo Rodríguez (1193-1204)
5. Suero Rodríguez (1204-1206)
6. Fernando González de Marañon (1206-1210)
7. Pedro Arias (1210-1212)
8. García González de Candamio (1214-1217) (primeira vez)
9. Martín Peláez Barragán (1218-1221)
10. García González de Candamio (1222-1224) (segunda vez)
11. Fernán Pérez Chacín (1224-1226)
12. Pedro González (1227-1237)
13. Rodrigo Yánez (1239-1242)
14. Paio Peres Correia (1243-1275)
15. Gonzalo Ruiz Girón (1275-1279)
16. Pedro Núñez (1279-1286)
17. Gonzalo Martel (1286)
18. Pedro Fernández Mata (1286-1293)
19. Juan Osórez (1293-1310)
20. Diego Muñiz (1310-1318)
21. García Fernández (1318-1327)
22. Vasco Rodríguez (1327-1338)
23. Vasco López (1338)
24. Alonso Meléndez de Guzmán (1338-1342)
25. Fadrique Afonso de Castela (1342-1358)
26. García Álvarez de Toledo (1359-1366)
27. Gonzalo Mejía (1366-1371)
28. Fernando Osórez (1371-1383)
29. Pedro Fernández Cabeza de Vaca (1383-1384)
30. Rodrigo González Mejía (1384)
31. Pedro Muñiz de Godoy (1384-1385)
32. García Fernández de Villagarcía (1385-1387)
33. Lorenzo Suárez de Figueroa (1387-1409)
34. Enrique de Castilla (1409-1445)
35. Álvaro de Luna (1445-1453)
36. João II de Castela (1453, administrador)
37. Afonso de Castela (1453-1462) (primeira vez)
38. Beltrán de la Cueva (1462-1463)
39. Afonso de Castela (1463-1467) (segunda vez)
40. João Pacheco (1467-1474)
41. Alonso de Cárdenas (1474-1476, em Leão) (primeira vez)
42. Rodrigo Manrique (1474-1476, em Castela)
43. Fernando II de Aragão, o Católico (1476-1477, administrador)
44. Alonso de Cárdenas (1477-1493) (segunda vez)

[editar] Ver também

* Ordem religiosa e Ordem militar
* Ordens honoríficas de Portugal: Ordem de Sant'Iago da Espada
* Ordens honoríficas do Brasil: Imperial Ordem de Sant'Iago da Espada
* Banda das Três Ordens

ordem militar

Ordem de Calatrava
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Emblema da Ordem: uma cruz grega e flores-de-lis nas extremidades.
Emblema da Ordem: uma cruz grega e flores-de-lis nas extremidades.

No ano de 1150, Afonso VII de Castela doou à Ordem dos Templários os domínios e o Castelo de Calatrava, no rio Guadiana, para os defenderem das arremetidas dos Mouros. Abandonado pouco depois, só no tempo de Sancho III de Castela o castelo voltou a ser ocupado pelo abade D. Raimundo e mais alguns monges que seguiam a regra da Ordem de Cister. Por essa época, o número de cavaleiros da Ordem aumentou rapidamente, e o Papa reconheceu a Ordem de Calatrava em 1164.

Tendo alguns frades da nova Ordem vindo a radicar-se em Évora, em Portugal, em 1211, D. Afonso II (1211-1223) doou-lhes os domínios de Avis, e acredita-se que, já nessa época, a Ordem portuguesa de Avis tivesse um estatuto independente, embora continuasse subordinada à castelhana.

A insíginia da Ordem é uma cruz floreada de vermelho, no hábito.

[editar] Lista de Mestres

* Don García (1164-1169)
* Fernando Escaza (1169-1170)
* Martín Pérez de Siones (1170-1182)
* Nuño Pérez de Quiñones (1182-1199)
* Martín Martínez (1199-1207)
* Ruy Díaz de Yanguas (1207-1212)
* Rodrigo Garcés (1212-1216)
* Martín Fernández de Quintana (1216-1218)
* Gonzalo Yáñez de Novoa (1218-1238)
* Martín Ruiz (1238-1240)
* Gómez Manrique (1240-1243)
* Fernando Órdoñez (1243-1254)
* Pedro Yáñez (1254-1267)
* Juan González (1267-1284)
* Ruy Pérez Ponce (1284-1295)
* Diego López de Santsoles (1295-1296)
* Garci López de Padilla (1296-1322)
* Juan Núñez de Prado (1322-1355)
* Diego García de Padilla (1355-1365)
* Martín López de Córdoba (1365-1371)
* Pedro Muñiz de Godoy (1371-1384)
* Pedro Álvarez de Pereira (1384-1385)
* Gonzalo Núñez de Guzmán (1385-1404)
* Enrique de Villena (1404-1407)
* Luis González de Guzmán (1407-1443)
* Fernando de Padilla (1443-1443)
* Alonso de Aragón (1443-1445)
* Pedro Girón (1445-1466)
* Rodrigo Téllez Girón (1466-1482)
* Garcia López de Padilla (1482-1487)
o Monarquia Espanhola (1487-...)


[editar] Ver também

* Ordens militares
* Castelo de Alcanede

ordens militares

Ordem de São Miguel da Ala
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Ordens honoríficas
de Portugal
Ordens militares:

* da Torre e Espada,
do Valor, Lealdade e Mérito
* de Avis
* de Cristo
* de Sant'Iago da Espada

Ordens nacionais:

* do Infante D. Henrique
* da Liberdade

Ordens de mérito civil:

* do Mérito
* da Instrução Pública
* do Mérito Agrícola,
Comercial e Industrial

(Antigas ordens dinásticas)

* Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa
* Santa Isabel
* São Miguel da Ala

A Ordem Equestre e Militar de São Miguel da Ala, conhecida por Ordem de São Miguel da Ala ou simplesmente Ordem da Ala foi uma ordem de cavalaria supostamente fundada pelo rei Afonso Henriques de Portugal depois da tomada de Santarém aos muçulmanos, em 1147. A tomada da cidade teria ocorrido no dia de São Miguel (8 de Maio) e, segundo a lenda, o arcanjo teria aparecido aos guerreiros cristãos sob a forma de um braço armado e alado, ajudando-os a derrotar os mouros. Para comemorar esse milagre, Afonso Henriques decidiu a fundação de uma ordem de cavalaria, que se tornaria assim a mais antiga ordem de origem puramente portuguesa, caso estes factos correspondessem à verdade histórica. Com efeito, Santarém foi conquistada em Março de 1147 (e não em Maio), como está claramente comprovado, e não há um único documento coevo que prove a fundação de tal ordem pelo primeiro rei português.

A Ordem seria, assim, de fundação muito mais recente (embora se ignore a data exacta da fundação), tendo-se procurado engrandecer o seu passado através deste começo mítico ligado ao fundador da nacionalidade. Pouco se sabe, porém, sobre o seu funcionamento e os seus membros, já que, segundo a tradição, esta ordem sempre teria tido um carácter reservado e envolto num certo mistério; os Grão-Mestres da Ordem seriam sempre os Reis de Portugal.

A Ordem de S. Miguel da Ala terá sido reactivada durante o reinado de D. Miguel I, funcionando como uma ordem secreta apoiante do realismo. Depois da vitória dos Liberais em 1834, é extinta oficialmente, mas continua a existir clandestinamente, apoiando D. Miguel I no exílio. Em 1848, D. Miguel I consegue que o papa Pio IX a reestruture, passando a ser considerada uma ordem secreta, militante e política, vocacionada para a defesa da religião Católica e para a restauração em Portugal da legítima sucessão. O cargo de Grão-Mestre da Ordem seria a partir daí atribuído aos sucessores de D. Miguel I (D. Miguel II, D. Duarte Nuno e D. Duarte Pio).

A Ordem de São Miguel da Ala é hoje uma irmandade católica e patriótica recompensando os que servem os interesses do sucessor de D. Miguel, chefiada por D. Nuno Da Câmara Pereira , tendo a sua sede na Igreja do Santíssimo Milagre, em Santarém.

ordem da cruz de malta

Ordem Soberana e Militar de Malta
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Bandeira da Ordem dos Hospitalários.
Bandeira da Ordem dos Hospitalários.
Brasão da Ordem de Malta.
Brasão da Ordem de Malta.

A Ordem Soberana e Militar de Malta, Ordem dos Hospitalários, ou Ordem de São João de Jerusalém, é uma organização internacional que começou como uma Ordem Beneditina fundada no século XI na Terra Santa, durante as Cruzadas, mas que rapidamente se tornaria uma Ordem militar cristã uma congregação de regra própria, encarregada de assistir e proteger os peregrinos àquela terra.

Face às derrotas e consequente perda pelos cruzados dos territórios na Palestina, a Ordem passou a operar a partir da ilha de Rodes, onde era soberana, e mais tarde desde Malta, como estado vassalo do Reino da Sicília.

Actualmente a Ordem de Malta é uma organização humanitária internacional, que dirige hospitais e centros de reabilitação em diversos países.
Índice
[esconder]

* 1 História
* 2 A Ordem na Península Ibérica
* 3 O braço protestante da Ordem
* 4 Queda de Malta
* 5 Presença em Portugal
* 6 A Ordem actualmente
* 7 Lista dos Grão-mestres
* 8 Ver também
* 9 Ligações externas

[editar] História

Por volta de 1099, alguns mercadores de Amalfi fundaram em Jerusalém, sob a regra de S. Bento e com a indicação de Santa Maria Latina, uma casa religiosa para recolha de peregrinos. Anos mais tarde construíram junto dela um hospital que recebeu, de Godofredo de Bulhão, doações que lhe asseguraram a existência, desligou-se da igreja de Santa Maria e passou-se a formar congregação especial, sob o nome de São João Baptista.

Em 1113 nomeou-a o Papa congregação, sob o título de São João, e deu-lhe regra própria. Em 1120, o francês Raimundo de Puy, nomeado grão-mestre, acrescentou ao cuidado com os doentes o serviço militar.

Assim é a origem da Ordem dos Hospitalários ou de São João de Jerusalém, designada por Ordem de Malta a partir de 1530, quando se estabeleceram na ilha do mesmo nome, doada por Carlos V do Sacro Império Romano-Germânico.

Ordem de aristocratas, nunca teve entre os seus cavaleiros pessoas que não pertencessem à fidalguia. O hábito regular consistia numa túnica e num grande manto negro, no qual traziam, pregada no lado esquerdo, uma cruz de ouro, com esmalte branco.

Os Hospitalários eram parte dos Cruzados. Lutaram nas Cruzadas e tinham seu hospital em Jerusalém. Mesmo depois do fim das Cruzadas, a ordem continuou. Enfrentou o Império Otomano em diversas batalhas, como a Batalha de Lepanto e o Cerco de Rodhes.

[editar] A Ordem na Península Ibérica

De início, na Espanha, havia uma só sede (língua), a de Aragão, que englobava os reinos de Portugal, Leão, Navarra, Aragão e Castela. Em Portugal, entre os bens da ordem, tinha especial importância o priorado do Crato. Os reis viram receosos crescer o poder dos senhores do Crato, que se acentuou mais com a rebelião de D. Nuno Gonçalves contra a regência do infante D. Pedro (1392-1449).

D. João III, por morte do conde de Arouca, doou o priorado a um membro da família real, o infante D. Luís, em 1528, que se intitulou grão-prior. Então o Rei, com vista a futuros protestos, consegue do papa Júlio III a bula de 1551, que D. António, filho natural do infante, fosse nomeado sucessor do pai. D. Maria I consegue do Papa a independência do grão-mestrado de Malta e, poucos anos depois, o mesmo Papa decretou por bula em 1793 que, assim como pelo lado temporal o grão-priorado de Portugal ficara isento de qualquer interferência de Malta, também pelo lado espiritual dependeria apenas da Santa Sé. Assim, D. Pedro e D. Miguel foram grãos-priores do Crato. A ordem foi extinta em 1834 e os bens incorporados na Fazenda Pública.

[editar] O braço protestante da Ordem

A Ordem de São João chegou à Alemanha durante os séculos XII e XIII, onde fundou um Grão-Priorado. Em 1530, uma secção do Grão-Priorado, a Bailia de Brandenburgo, aderiu à reforma protestante, sob a proteção dos Margraves de Brandenburgo, que se tornariam reis da Prússia. A Bailia manteve relações amigáveis com a Ordem Soberana de Malta. Em 1811, a Bailia de Brandenburgo foi suprimida pelo Príncipe da Prússia, que posteriormente fundou a Ordem Real Prussiana de São João como uma Ordem de Mérito. Em 1852 a Ordem recuperou o nome de Bailia de Brandenburgo e se tornou uma nobre Ordem da Prússia.

Em 1918, após a queda da monarquia, ela foi separada do Estado e recuperou sua independência. A Johanitter Orden está presente em diversos países europeus, além do Canadá e Estados Unidos, trabalhando em especial na Alemanha mantendo hospitais e asilos, e é responsável por um importante serviço de ambulância - o 'Johanniter Unfallhilfe'. Ela tem afiliações independentes na Finlândia, França, Hungria e Suíça.

[editar] Queda de Malta

A possessão mediterrânica de Malta foi capturada por Napoleão em 1798 durante a sua expedição para o Egipto. Este teria pedido aos cavaleiros um porto-salvo para reabastecer os seus navios e, uma vez em segurança em Valetta, virou-se contra os anfitriões. O Grão-Metre Ferdinand von Hompesch, apanhado de surpresa, não soube antecipar ou precaver-se deste ataque, rapidamente capitulando para Napoleão. Este sucedido representou uma afronta para os restantes cavaleiros que se predispunham a defender a sua possessão e soberania.

A Ordem continuou a existir, compactuando com os governos por uma retoma de poder. O Imperador da Rússia doou-lhes o maior abrigo de Cavaleiros Hospitalários em São Petersburgo, o que marcou o início da Tradição russa dos Cavaleiros do Hospital e posterior reconhecimento pelas Ordens Imperiais Russas. Em agradecimento, os Cavaleiros depuseram Ferdinand von Hompesch e elegeram o Imperador Paulo I como Grão-Mestre que, após o seu assassinato em 1801, seria sucedido por Giovanni Battista Tommasi em Roma, restaurando o Catolicismo Romano na Ordem.

No início da década de 1800, a Ordem encontrava-se severamente enfraquecida pela perda de Priores em toda a Europa. Apenas 10% dos lucros chegavam das fontes tradicionais na Europa, sendo os restantes 90% provindos do Priorado Russo até 1810, facto cuja responsabilidade é parcialmente atribuída pelo governo da Ordem, que era composta por Tenentes, e não por Grão-Mestres entre 1805 e 1879, até o Papa Leão XIII restaurar um Grão-Mestre na Ordem, Giovanni a Santa Croce. Esta medida representou uma reviravolta no destino da Ordem, que se tornaria uma organização humanitária e cerimonial. Em 1834, a Ordem, reactivada, estabeleceu nova sede em Roma e foi, a partir daí, designada como Ordem Militar Soberana de Malta.

[editar] Presença em Portugal

Vários autores remontam a sua existência em terra portuguesa ao período final do governo de D. Teresa. Segundo o Dr. Rui de Azevedo, entre 1122 e 1128 a rainha D. Teresa teria concedido aos freires desta Ordem o mosteiro de Leça do Balio, sua primeira casa capitular. A carta de couto e privilégios outorgados à Ordem do Hospital em 1140 por Dom Afonso Henriques atesta a importância que já então teria. Em 1194 D. Sancho I doou aos cavaleiros de S. João do Hospital a terra de Guidintesta, junto ao Tejo, para aí construirem um castelo, o qual o monarca, no acto de doação denominou de Castelo de Belver.

D. Sancho II em 1232 doou-lhe os largos domínios da terra que, por essa altura, recebeu o nome de Crato, onde os freires fundaram uma casa que se tornou célebre.

Ver artigo principal: Castelo do Crato

O superior português da Ordem dos Hospitalários era designado pelo nome de prior do Hospital, e a partir de D. Afonso IV por prior do Crato.

Ver artigo principal: Prior do Crato

Não consta que por esse tempo tivessem os Cavaleiros do Hospital mosteiro de freiras, embora tivessem fratisas que usavam hábito e viviam em suas casas. O primeiro mosteiro de freiras hospitalário foi fundado em Évora, em 1519, por Isabel Fernandes, e mais tarde transferido para Estremoz pelo infante D. Luís, quando este filho de D. Manuel I foi prior do Crato.

Por alvará de 1778, foram-lhes confirmadas todas as aquisições de bens de raiz feitas no Reino e permitiu-se que os cavaleiros sucedessem a seus parentes por testamento, no usufruto de quaisquer bens que não fossem da coroa ou vinculados em morgado, revertendo por morte destes para as casas de onde tinham sido saído. A ordem foi extinta pelo diploma de 1834 que extinguiu todos os conventos de religiosos.

[editar] A Ordem actualmente

A Ordem Soberana e Militar de Malta não tem sua sede no país de mesmo nome, mas sim no minúsculo território de apenas 6 km² que consiste em um prédio em Roma e seu jardim.

A Ordem, que possuía cavaleiros de diferentes nacionalidades, principalmente italiana, francesa, alemã, espanhola e portuguesa, fez de Malta sua base e quartel-general, mudando seu nome efetivamente para Ordem Soberana, Militar e Hospitalar de São João de Jerusalém, Rodes e Malta. Lá a Ordem ficou até 1800, quando a Grã-Bretanha invadiu Malta, expulsando os cavaleiros. Estes então se refugiaram na Itália, onde estão até hoje.

A soberania da Ordem de Malta só foi reconhecida em 1966, mas não é reconhecida como um Estado, tendo status de uma organização internacional, como a ONU ou a Cruz Vermelha. Sua população permanente é de apenas três pessoas, o Príncipe, o Grão-Mestre e o Chanceler. Todos os demais "habitantes" da Ordem de Malta possuem nacionalidade maltesa, mas também a nacionalidade do país onde nasceram (normalmente italiana). A soberania da Ordem permite que ela imprima seus próprios selos e expeça seus próprios passaportes, concedendo, efetivamente, nacionalidade maltesa a seus membros.

Actualmente, a Ordem de Malta mantém relações diplomáticas com o Vaticano e mais 86 países, onde possui, inclusive, embaixadas. O território ocupado pelas embaixadas é considerado solo maltês (exatamente como ocorre com qualquer outro país) e os representantes diplomáticos da Ordem são todos cidadãos malteses. A Ordem ainda possui representação na ONU (tendo até um Observador Internacional), e é filiada à Cruz Vermelha e a outras organizações internacionais. A Ordem de Malta actua como uma organização humanitária internacional, fundando hospitais e centros de reabilitação em diversos países, principalmente na África.

A Ordem de Malta nada tem que a assemelhe a um Estado, e a nenhum título ostenta a personalidade jurídica do Direito das Gentes. Sua presença em certas conferências internacionais se dá sob o estatuto de entidade observadora. A ordem não é parte em tratados multilaterais, e o Estado que porventura haja com ela pactuado, o fez bilateralmente dentro de suas atribuições soberanas. O principal elemento gerador dos equívocos acima quanto o estatuto jurídico da Ordem de Malta, consiste nas pseudo-relações diplomáticas por ela mantidas com algumas nações soberanas, inclusive o Brasil.

[editar] Lista dos Grão-mestres

Obs.: o trecho seguinte está "compactado" de modo a despoluir visualmente o contexto da página toda.

* The Blessed Gerard (1099-1120)
* Raymond du Puy de Provence (1120-1160)
* Auger de Balben (1160-1163)
* Arnaud de Comps (1162-1163)
* Gilbert d'Aissailly (1163-1170)
* Gastone de Murols (c. 1170-1172)
* Gilbert of Syria (1172-1177)
* Roger de Moulins (1177-1187)
* Hermangard d'Asp (1187-1190)
* Garnier de Naplous (1190-1192)
* Geoffroy de Donjon (1193-1202)
* D. Afonso de Portugal (1203-1206) (filho de D. Afonso Henriques)
* Geoffrey le Rat (1206-1207)
* Guerin de Montaigu (1207-1228)
* Bertrand de Thessy (1228-1231)
* Guerin de Montaigu (1231-1236)
* Bertrand de Comps (1236-1240)
* Pierre de Vielle-Bride (1240-1242)
* Guillaume de Chateauneuf (1242-1258)
* Hugues de Revel (1258-1277)
* Nicolas Lorgne (1277-1284)
* Jean de Villiers (1284-1294)
* Odon de Pins (1294-1296)
* Guillaume de Villaret (1296-1305)
* Foulques de Villaret (1305-1319)
* Helion de Villeneuve (1319-1346)
* Dieudonné de Gozon (1346-1353)
* Pierre de Corneillan (1353-1355)
* Roger de Pins (1355-1365)
* Raymond Berenger (1365-1374)
* Robert de Juliac (1374-1376)
* Jean Fernandez de Heredia (1376-1396)
o Riccardo Caracciolo (1383-1395) Grão-Mestre rival
* Philibert de Naillac (1396-1421)
* Antonio Fluvian de Riviere (1421-1437)
* Jean de Lastic (1437-1454)
* Jacques de Milly (1454-1461)
* Piero Raimondo Zacosta (1461-1467)
* Giovanni Battista Orsini (1467-1476)
* Pierre d'Aubusson (1476-1503)
* Emery d'Amboise (1503-1512)
* Guy de Blanchefort (1512-1513)
* Fabrizio del Carretto (1513-1521)
* Philippe Villiers de L'Isle-Adam (1521-1534)
* Piero de Ponte (1534-1535)
* Didier de Saint-Jaille (1535-1536)
* Jean de Homedes (1536-1553)
* Claude de la Sengle (1553-1557)
* Jean Parisot de la Vallette (1557-1568)
* Pierre de Monte (1568-1572)
* Jean de la Cassiere (1572-1581)
* Hugues Loubenx de Verdalle (1581-1595)
* Martin Garzez (1595-1601)
* Alof de Wignacourt (1601-1622)
* Luis Mendes de Vasconcelos (1622-1623)(Português)
* Antoine de Paule (1623-1636)
* Juan de Lascaris-Castellar (1636-1657)
* Antoine de Redin (1657-1660)
* Annet de Clermont-Gessant (1660)
* Raphael Cotoner (1660-1663)
* Nicolas Cotoner (1663-1680)
* Gregorio Carafa (1680-1690)
* Adrien de Wignacourt (1690-1697)
* Ramon Perellos y Roccaful (1697-1720)
* Marc'Antonio Zondadari (1720-1722)
* António Manoel de Vilhena (1722-1736) (português)
* Raymond Despuig (1736-1741)
* Manuel Pinto de Fonseca (1741-1773) (português)
* Francisco Ximenes de Texada (1773-1775)
* Emmanuel de Rohan-Polduc (1775-1797)
* Ferdinand von Hompesch zu Bolheim (1797-1799)
* Paulo I da Rússia (1798-1801) de facto
* Giovanni Battista Tommasi (1803-1805)
o Innico Maria Guevara-Suardo (1805-1814) Tenente
o André Di Giovanni (1814-1821) Tenente
o Antoine Busca (1821-1834) Tenente
o Carlo Candida (1834-1845) Tenente
o Philippe di Colloredo-Mels (1845-1864) Tenente
o Alessandro Borgia (1865-1871) Tenente
o Giovanni Battista Ceschi a Santa Croce (1871-1879) Tenente
* Giovanni Battista Ceschi a Santa Croce (1879-1905)
* Caleazzo von Thun und Hohenstein (1905-1931)
* Ludovico Chigi Albani della Rovere (1931-1951)
* Angelo de Mojana di Cologna (1962-1988)
* Andrew Willoughby Ninian Bertie (1988-atualmente)

[editar] Ver também

* Ordens militares
* Prior do Crato
* Ordem dos Templários

[editar] Ligações externas

* Banco Central do Brasil - Origem das Ordens
* Site Oficial da Ordem Soberana e Militar de Malta
* The Knights of Malta - Artigo de KM Magazine

Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_Soberana_e_Militar_de_Malta"

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