terça-feira, 18 de setembro de 2007

formação da famlia URIAS ANTONIO PINTO desc.do barão de cocais

De:
Assunto: povoamento de guarehy,pardinho, botucatu
2007-09-17 22:54:12

Mensagem:
Do Cemitério Velho de Guarehy à Fazenda Boa Vista do Votucatù ...jesuítas, escravos e bois no caminho das minas do Mato Grosso Colégio Jesuíta de São Paulo, em foto de 1860, centro que impulsionou a organização das Fazendas em Guareí e Botucatu Estando o Colégio de São Paulo em dificuldades financeiras, jesuítas ali residentes, procuraram, por volta de 1721, criar uma fonte de rendas que resolvesse essas aperturas. Entre os grandes entusiastas das idéia destacou-se o Padre Estanislau de Campos, jesuíta nascido em Itú, cuja família era muito rica. O objetivo era ter uma grande fazenda de criação de gado. Para isso, Padre Estanislau convenceu seu irmão José de Campos a doar uns terrenos situados junto ao Rio Guayary (Guarehy), nas terras do município que hoje tem o mesmo nome. Pouco antes, persuadira o Reitor do mesmo Colégio a comprar outros campos, ao lado do primeiro. Aumentou esses domínios com outra doação conseguida junto a outro seu irmão Manoel de Campos Bicudo, antigo sertanista e famoso Bandeirante, dos tempos da escravização indígena (fins do século XVII). Com esses trechos imensos, englobou terrenos da Serra de Botucatu, talvez incluindo terras que formariam, depois, a tal "Fazenda do Atalho". Esses domínios, então, ficaram sendo: da margem direita do Rio Guarehy até o Paranapanema, descendo este, pela margem direita também, até depois do Morro do Ubatuabaré (Avaré) E, deste morro, para o Norte, até as matas do Morro do Hybyticatú. Esses terrenos, ocupados ainda no final do século XVII (1690) pelos criadores de Sorocaba, foram encontrados quando estes progrediram com suas criações pelas terras ribeirinhas do Rio Sorocaba até chegar ao rio Tatuí, subiram por este até o divisor entre o Paranapanema e o Tietê de onde, seguindo o Rio Guareí, povoaram de animais os campos ali existentes, de sua nascente até a desembocadura no Paranapanema. Como vimos, ótimos em aguadas, restingas e barreiros, que supriam a necessidade de sal para o gado, já haviam sido objeto de cobiça. Findo o ciclo do bandeirismo de apresamento ao Indio, antigos bandeirantes e seus descendentes foram pedindo ao Rei de Portugal, e foram obtendo, sesmarias onde melhor lhes parecia. Escolheram os campos onde foram sesmeiros alguns dos principais bandeirantes. Não sem motivos; esses campos ficavam no antigo caminho terrestre que conduzia às Missões Guaranis do Rio Iguaçu e Paranapanema, às Sete Quedas e ao Paraguai. Ao criar as fazendas, no início do século XVIII, Padre Estanislau tinha perto de 80 anos de idade e sua saúde não era muito boa. Porém, tão logo ficou claro que não encontrariam um administrador, dada a escassez de padres no Colégio, ofereceu-se para o trabalho de administração do novo prédio. Percorria as Fazendas todos os anos, mesmo à incrível distância em que elas se encontravam – 90 léguas de São Paulo; procurando executar suas deliberações através de homens de sua confiança. Muito esforçado, levou até o fim a edificação do prédio das Fazendas, alcançando lugares distantes e desabitados, atravessando matas repletas de animais selvagens e rios traiçoeiros. Inácio de Loyola Fundador da Companhia de Jesus Pronto o prédio, a criação de animais foi crescendo e tornou-se proveitosa para o Colégio de São Paulo, mormente quando do crescimento da mineração no sertão do Cuiabá. É que, estando à beira do caminho que levava àquelas minas de ouro, a Fazenda passou a servir de pouso e abastecimento às caravanas que para lá se dirigiam. Aloísio de Almeida, historiador e floclorista, aponta a sede da Fazenda de Guareí, na própria cidade e seu prédio, ao lado do cemitério velho; e o da Fazenda Botucatu, sugere estar na Fazenda Santo Inácio, junto ao rio do mesmo nome. O historiador Hernani Donato, que estudou o assunto a fundo, diz que documentos antigos falavam em "Fazenda Boa Vista do Votucatù". As Fazendas jesuítas de Guareí e Botucatu funcionaram durante toda a primeira metade do século XVIII e são consideradas pioneiras, por sua fixação dos homens nesta parte do sertão paulista e pelo seu papel no desenvolvimento econômico da região, que por esse tempo era considerada fronteira de ocupação. Em 1759, as Fazendas foram desativadas, quando os jesuítas foram expulsos de todos os domínios de Portugal, por ordem do Conde de Oeiras e Marquês de Pombal (foto), Sebastião José de Carvalho e Mello. Diplomata de carreira, com a subida ao trono de D. José I (1750), foi nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. Influente, passou a dar as cartas em todos os domínios portugueses, inclusive no Brasil. Com os jesuítas, suas diferenças culminaram com a promulgação das leis de 1755 e 1758, que proclamaram a liberdade indígena, uma espécie de "não-tutela", retirando-os da condição de protegidos dos Jesuítas. Nessa época eram constantes os atritos entre jesuítas e sertanistas de São Paulo, envolvendo questões relativas ao trabalho indígena, como contratação daqueles que estavam "reduzidos" às aldeias administradas pelos jesuítas, para compor Bandeiras ou Entradas, enfim. Na ocasião da supressão da Companhia de Jesus, de Portugal seus domínios, 600 padres retiraram-se do Brasil, expulsos, sendo suas propriedades seqüestradas e depois leiloadas. Em 1769, quando ainda nada havia sido resolvido, o Governo de São Paulo era quem "tocava" as Fazendas, pelo que se vê em um documento enviado pelo Governador D. Luiz Antonio de Souza Botelho Mourão, em 28 de setembro: "...aqui se me fizerão alguns requerimentos para se dar as providências necessárias para o bom governo da Fazenda do Votucatù, o que tudo remeti a Vossa mce para ver como se acha, mais perto, julgue e disponha o que se deve determinar, principalmente para se tirar o gado velho para se cortar no assougue e fazer rendimento deixando sempre aquelle número de cabeças que havia no tempo do seqüestro, do gado mais novo e melhor". «« voltar

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Assunto: povoamento de botucatu-sp
2007-09-17 22:26:35

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O "Picadam" do Morro do Hybyticatu ...a busca do caminho por terra às minas de ouro do Cuiabá Os Bandeirantes eram paulistas que se embrenharam pelo sertão do Brasil, durante longo tempo, em busca de ouro, prata, pedras preciosas e índios, a quem procuravam para o trabalho escravo. A eles o Brasil deve a expansão do seu território, antes pequeno, por acordo entre Portugal e Espanha. Os Bandeirantes, em sua ânsia de conquistas, não respeitaram esses acordos e, avançando além de nossas fronteiras, ocuparam para Portugal, territórios que pertenceriam à Espanha. Em 1907 a Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo repete a epopéia de Bartolomeu Paes de Abreu, ao abrir o Picadão do Panela, na expedição de exploração do rio do Peixe Um desses bandeirantes, Bartolomeu Paes de Abreu, fez sua história ligando-a à conquista do Sertão de São Paulo, Minas, Mato Grosso e Goiás. Ativo e arrojado, em 1704, foi Procurador do Conselho da Câmara de Vereadores de São Paulo e, no ano seguinte foi, também seu Juiz Ordinário. Empreendedor, possuía fazendas de criação em Minas Gerais, no caminho por onde passavam as Bandeiras paulistas que buscavam as regiões auríferas, localizadas entre o Rio Grande e o Rio das Mortes. Nessa região ocorreria a sangrenta Guerra dos Emboabas, entre mineradores paulistas e portugueses. Bartolomeu Paes de Abreu, nessa ocasião, teve sua fazenda destruída, perdendo 400 cabeças de gado. Possuía, também, outras terras nos campos de Curitiba, com grande rebanho. Irriquieto, Bartolomeu Paes de Abreu resolveu, no início do século XVIII (1721), abrir um caminho por terra, para possibilitar aos comboios de homens e animais chegarem até o Mato Grosso, que começava a atrair mineradores para a lavras de ouro do Rio Coxipó, que haviam sido descobertas por Pascoal Moreira Cabral e Gabriel Antunes Maciel (1718). Salto do Itapura, na desembocadura do Tietê no Paraná, um dos inúmeros obstáculos que os caminhos por terra ao Mato Grosso, pretendiam evitar. Hoje submerso na represa de Jupiá. Pediu ao governador da Capitania de São Paulo e Minas, que àquela época eram uma só, autorização para isso, solicitando algumas vantagens a serem cobradas de todos que usassem tal caminho. Impaciente para esperar a resposta e, como estivesse ausente o Governador da Capitania, em viagem às Minas Geris, decidiu partir para o Sertão. Abriu um caminho, em 1721, que chamou de "picadão", a partir do Morro do Hybyticatu, termo da Vila de Sorocaba. Começou-o, como ele mesmo deixou escrito, da "derradeira povoaçam da última villa...", subindo e varando a Cuesta a partir de uma das inúmeras trilhas que apontavam para o Oeste. Algum tempo depois chegou ao Rio Paraná, onde instalou três roças de milho, feijão, legumes e deixou 250 bois em uma delas. O rumo que tomou o seu caminho, num trajeto presumido pelas descrições que deixou, foi: dos altos da Cuesta, a partir, provavelmente do atual município de Pardinho, aos campos do Lençois e dali à cabeceira do Rio Batalha e, então, pelo divisor (partes altas que dividem as bacias hidrográficas) do Feio (atual Aguapeí) e Peixe, por onde prosseguiu até os Campos da Laranja Doce e, depois, pelas 18 léguas de densas matas do Vale do Rio Santo Anastácio até o Rio Paraná. Mas Bartolomeu não foi feliz. No tempo em que ficara no sertão, um outro governador chegou ao Brasil e passou a dirigir a Capitania de São Paulo e Minas. Julgando-se desrespeitado por Bartolomeu Paes de Abreu, que saíra para o sertão sem o seu conhecimento, não lhe deu nenhuma vantagem pretendida. Tudo perdido, num emaranhado de conveniências oficiais e intrigas palacianas. Mas o seu "picadão" ficou aqui, como o primeiro caminho aberto a partir dos altos da Cuesta, no rumo do sertão. Foi sobre ele que, algum tempo depois, Luiz Pedroso de Barros começou a abrir, com autorização oficial, o caminho de São Paulo até o Rio Coxipó, no Mato Grosso. Deste caminho, aberto a mando do governador Rodrigo Cesar de Menezes, sabe-se que foi sair defronte à desembocadura do Rio Pardo (o que desce do Mato Grosso e deságua no Paraná), tendo usado a maior parte do traçado deixado feito por Bartolomeu Paes de Abreu. Seu trânsito esteve interrompido em várias ocasiões: ora por violentas investidas dos Caiapós e Guaicurus, na região dos rios que davam no Paraná; ora pelas entradas feitas pelos espanhóis , que vinham pelo caminho até o território paulista colocar padrões (marcos de pedra) que designavam ser aquelas terras da Corôa Espanhola. Era a luta pelo território. «« voltar

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Assunto: ribeirão grande ,pardinho, botucatu-sp
2007-09-17 22:24:06

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O povo do mato e o povo da cachoeira Nas matas que circundavam a Cuesta, beirando o grande Rio Tietê e afluentes, existiam muitas tribos de índios. Quando se deu a ocupação do território, eram os Kaingang que aqui estavam. Suas aldeias podiam ser encontradas numa vasta área que se situava entre as elevações da Cuesta e a margem esquerda do Tietê, ou atravessando este, na sua outra margem, para os lados de Dois Córregos. Família Kaingang, aculturada, fotografada pelos membros da Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo, durante a expedição exploratória do Rio do Peixe. 1906 Essas aldeias Kaingang agrupavam-se por identidade da língua que falavam, estando o povo Kaingang dividido em: Kaingán, Weyana e Aweikoma; era a grande família lingüística Kaingang. O primeiro grupo, por sua vez, subdividia-se em seis dialetos, praticados cada qual com suas diferenças. Um desses grupos, os Aweikoma, era também conhecido como Xocrés, grupo da mesma família lingüística, mas com diferenças culturais palpáveis, o que os fez, por muito tempo, ser registrados pelos etnólogos, como grupo não-Kaingang. A esses Xocrés (Aweikoma) é que se dava o nome de Botocudos, pelo hábito que tinham de inserir pedaços de madeira (tembetá) no lábio inferior da boca, até que, adulto, cada indivíduo ostentasse um adorno circular enorme, o Botoque. Ao contrário, os outros grupos Kaingang não usavam o tembetá. Índio Kaingang- aldeado em 1912, na região de Bauru-SP. Acervo do Centro de Memória Regional Unesp RFFSA Havia, no entanto, um procedimento comum a toda essa nação indígena brasileira, que era a estranha forma de cortar os cabelos, o que lhes fez ganhar dos brancos o apelido de Coroados. Kaingán e Xocrés eram também muito diferentes quanto à forma de produzir seu sustento. Os primeiros eram tribos de agricultores: sedentários, mudavam menos e faziam roças ao lado das aldeias. Os Aweikoma (Xocrés), ao contrário, eram ainda um grupo primitivo. Reuniam-se em pequenas hordas para a caça e coleta de frutos silvestres e mel. Nômades, os Xocrés desconheciam a agricultura. Eram chamados por hordas vizinhas de Xocrés, o que significava "Gente da Cachoeira", mas eles rejeitavam esse apelido e, convidados a se definirem, chamavam-se Aweikoma. Os Kaingán, os Aweikoma e os Weyana, referiam-se a si mesmos como Kaingang, "Gente do Mato". Todas essas tribos costumavam usar o arco e a flecha em suas caçadas e guerras mas, mesmo neste particular, existiam diferenças. Os Kaingán e os Weyana guerreavam de dia e incluíam a lança de arremesso e chuço, como arma complementar. Os Xocrés preferiam a noite, desconhecendo a lança, mas lutavam com "uma arma que é boa para chuçar e bater, não porém para atirar...". Quando foram estudados guardavam antigos sinais de suas relações primitivas, já então desaparecidas: leves insinuações de totemismo para identificação dos clãs (conjunto aparentado por laços de sangue) e sobrevivências dessa organização social, expressa na pintura dos corpos. Em torno da anta, animal nativo, os Kaingang desenvolveram alguns comportamentos, como dar ao alimento dela – uma planta denominada "ûyólo nya tëí" (alimento silvestre da anta) – um forte poder vital. Faziam com essa planta chás para serem tomados, concomitantemente com massagens no corpo. Os Aweikoma (Xocrés) – nômades, caçadores/coletores – foram-se cedo daqui e estavam na região que hoje pertence ao Estado de Santa Catarina quando, no início do Século XIX foram brutalmente perseguidos, quase dizimados, a partir de 1836. O contacto pacífico estabeleceu-se entre 1865/1868, atraídos para a catequese, mas só foram recolhidos a uma aldeia, sob orientação do SPI, em 1914. As outras tribos Kaingang (não botocudos) dispersaram-se pelos vales do Rio do Peixe e do Rio Feio (atual Aguapeí), ambos paralelos e ao sul do Rio Tietê e, como este, desembocando no Rio Paraná. Quando o povoamento desta região havia fincado raízes no meio-oeste de São Paulo, e surgiram povoações como Avaré, Salto Grande, Santa Cruz do Rio Pardo, Pirajú, os Kaingang internaram-se ainda mais para o Oeste, descendo abaixo das quedas d’água, das corredeiras e grandes cachoeiras desses dois rios. Foi aí que, em 1905, uma expedição da antiga Comissão Geográfica e Geológica do Estado de S. Paulo foi encontrá-los: "Em conseqüência das constantes incursões que os sertanejos têm feito às aldeias dos coroados, estes, para se livrarem dos opressores, concentram suas habitações na parte baixa dos rios, onde a viagem em canoas é embargada pelos saltos e cachoeiras ou então em parte mais central, no divisor dos dois rios, cuja distância da zona civilizada dificulta as incursões". Foi também para ali que migraram os outros dois povos mais encontrados na região, à época do povoamento (sec. XIX): os Xavante e os Caiuá, ambos internados nas densas florestas do Vale do Rio Santo Anastácio, tributário do Paraná, no extremo sudoeste do Estado. «« voltar

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2007-09-17 22:15:10

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O caminho da fazenda do atalho ...e o mistério da povoação de "São Bom Jesus do Ribeirão Grande" Caminhos antigos, de antes do descobrimento da América, cruzavam o Continente servindo de estrada para os índios. Pés de Pai Sumé - sinais marcados na rocha. Baia de Paranaguá - PR O mais conhecido desses caminhos chamava-se Peabirú. Era uma trilha aberta através de matas e campos, com muito uso, que ligava lugares distantes, como São Vicente, no litoral paulista e Cuzco, no Perú. Entre os índios contava-se ter sido, o Peabirú, feito por Sumé, lendário personagem presente no imaginário de quase todas as tribos da América do Sul. Esta história foi relatada pelos primeiros jesuítas que vieram ao Brasil, em suas cartas a Portugal e Espanha. Nelas, eles falaram de fatos e histórias aqui ouvidas, ligados a esse herói civilizador. Entenderam tratar-se, realmente, de São Tomé. Do Peabirú dizia-se possuir oito palmos de largura, ser muito fundo e permanecer milagrosamente bem cuidado e limpo. Capela da Redução de Loreto. Vale do Paranapanema No território paulista o caminho Peabirú descia de São Paulo pelo vale do Rio Tietê, até onde hoje estão as cidades de Itú e Sorocaba e, depois, tomava o rumo dos grandes campos do sul do nosso Estado. Então, se dividia em dois ramos: à esquerda, um braço rumava ao Rio Grande do Sul, por terras que seriam, muito depois, os municípios de Araçoiaba da Serra, Itapetininga e Itapeva, procurando chegar aos campos de Curitiba. À direita, saindo de Sorocaba, ainda seguindo através dos campos, os viajantes caminhavam buscando pelos morros isolados do Guareí, do Bofete e pelas montanhas da Serra de Botucatu. Avistadas essas referências e vencidos obstáculos como o Rio Guareí, tomavam à esquerda, novamente, atravessando o Rio Paranapanema para penetrar densas florestas, buscando chegar ao território dos Carijós, onde jesuítas espanhóis haviam estabelecido um total de treze missões guaranis, destruídas posteriormente por Raposo Tavares, ainda no início do século XVII. Dali, seguiam a Assumpción. Deste ponto o Peabirú permitia alcançar o Perú, do outro lado da América. Praça central da Redução de Santo Inácio - Vale do Paranapanema A região localizada junto à Cuesta e à beira do Paranapanema, no trajeto do Peabiru, era já conhecida há tempos imemoriais, tendo seus terrenos sido ocupados apenas no final do século XVII, quando foram doadas as primeiras sesmarias. Porém, muito antes disso, os campos compreendidos entre os rios Guareí, Paranapanema e os morros da Serra de Botucatu, foram procurados por serem bons para pastagens. Descobertos por criadores de Sorocaba, que progrediram na ocupação dos territórios ao longo do Rio Sorocaba e Guareí, receberam o nome de Campos do Paiol, tendo sido considerados ótimos para criação, pelas suas aguadas e excelentes barreiros, ricos em sal. No início do século XVIII, os Campos do Paiol passaram ao controle dos Jesuítas do Colégio de São Paulo, que constituíram ali duas grandes fazendas de criar gado, estrategicamente postadas à beira dos caminhos que conduziam às minas de ouro do Mato Grosso. Redução Jesuíta da Província das Missões, sobrevivência da primeira onda de reduções criadas pelos Jesuítas espanhóis a leste do rio Uruguai. Século XVI Quando os jesuítas construíram um mínimo de instalações para seu abrigo e de seu gado, as fazendas jesuítas passaram a ser uma referência a mais para os viajantes, de maneira que as caravanas paravam ali, para que seus componentes refizessem as energias e seguissem viagem. Ao fundo, à beira do Paranapanema, um rudimentar porto para as canoas que íam e vinham. Nas instalações, uma espécie de estalagem. Por outro caminho, utilizado principalmente na volta, os sertanistas deixavam suas canoas nas imediações da grande cachoeira do Paranapanema, chamada Paranan Itú e seguiam por um caminho seco, por dentro de imensas florestas e campos, até os morros de Botucatu e dali desciam a Serra buscando descansar nas Fazendas Jesuítas do Paiol. Descansados, faziam o mesmo caminho, até a Vila mais próxima. Pois foi bem aí que surgiu um povoado chamado São Bom Jesus do Ribeirão Grande: justamente no cruzamento mais agitado do interior paulista nos séculos XVII e XVIII. O cruzeiro de Ribeirão Grande, foi o que restou da povoação Tido pelos historiadores como o mais antigo povoado de que se tem notícia por estas paragens Ribeirão Grande sempre despertou curiosidade e interesse. Dele se sabe que foi elevado a distrito de Botucatu em 1889, tendo em seus registros, quando foi incorporado pelo distrito de Espírito Santo do Rio Pardo (Pardinho) em 1910, três mil moradores. Possuía um cemitério, ao lado da Igrejinha, vendas, cadeia, açougue, residências. Um povoado mesmo! No decorrer deste século, já desabitado, teve sempre uma agitada festa de São Bom Jesus, comemorada em 6 de agosto de todos os anos. Mas Ribeirão Grande era mais antiga que isso. Existe no cartório do primeiro ofício da Comarca de Botucatu, uma doação de 25 alqueires e meio, feita em dezembro de 1868, por oito casais, para a formação do patrimônio do Santo, em Ribeirão Grande. Diz o escritor Hernani Donato que Ribeirão Grande foi próspera e teve a pretensão de disputar com Botucatu o privilégio de ser indicada freguesia, isso nos tempos da luta de nossa cidade para conseguir sair da condição de simples povoado ligado a Itapetininga. Sendo tão antigos, o território e o povoado, em que época, realmente, teria nascido Ribeirão Grande? O que de concreto a História nos revela está num requerimento do bandeirante Bartolomeu Paes de abreu, apresentado à Câmara de São Paulo, com data de 1721, solicitando autorização para a abertura de um caminho, por terra, ligando o centro da Capitania às minas do Mato Grosso, recém descobertas. É esse requerimento que fala da existência de uma povoação por estas bandas. O bandeirante, ao declinar o local do início da abertura do que ele mesmo chamou de "Picadam" diz que seu caminho deveria ser iniciado a partir da "ultima povoaçam, da última vila e, também, a partir do morro do Hibiticatú" . São três referências para localizar um mesmo ponto. Mais que suficiente! A última Vila seria Sorocaba. Em 1721, nem Piracicaba, nem Itapetininga, nem Porto Feliz e nem Tietê existiam. Portanto parece não haver dúvidas nesta matéria. A pergunta, então, seria a seguinte: que povoação era essa que ficava tão perto do Morro do Hibiticatú, a ponto de permitir ser uma referência de início do caminho? Se Ribeirão Grande foi ou não essa povoação, perdida na aurora da ocupação paulista, nos contrafortes do Morro do Hibiticatú, ainda não se sabe. Ribeirão Grande, lá atrás do Posto Maristela, perdeu sua igrejinha em 1973, destruída para dar lugar a um "linhão" da antiga Cesp. Já, então, tinham sido demolidas as residências, os túmulos do cemitério, as vendas e a casa da cadeia e seu território estava reduzido a míseros 4 alqueires, confinados pelo loteamento Ninho Verde. Num dos cantos, delimitado apenas por toceiras de bambús, um gramado precário e uma pequena escadaria de pedras, está o que restou do cemitério. Sob o solo permanecem sepultos 400 cidadãos do antigo povoado. Hoje Ribeirão Grande é apenas uma referência histórica, mas em outros tempos era por ela que passava o mais antigo caminho de que se tem notícia e que servia aos moradores de cima da serra para se comunicarem com as Vilas de Itapetininga e Sorocaba. Dirigindo-se para o sertão, depois de passar pela povoação, esses viajantes contornavam o rio Jacory e procuravam subir a Serra nas terras da Fazenda do Atalho, que ficava no mesmo caminho, logo adiante de Ribeirão Grande, em plena encosta. Igreja do São Bom Jesus do Ribeirão Grande à beira do rio Santo Inácio. Demolida em 1973 «« voltar

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2007-09-17 17:43:05

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Através de documentos e registros, sabe-se que algumas famílias torrinhenses já viviam aqui desde 1850. Dessa forma podemos afirmar que as famílias Fonseca Costa, Mello, Dias, Ferreira, Ferraz, Gomes, Ribeiro do Prado, Dias Ramos, Carvalho, Franco de Moraes, Souza, Barros, Teixeira, Leite, Marques, Paiva, França, Pinto, Melchert, Barbosa, Bueno são consideradas as pioneiras. Historicamente, José Antunes de Oliveira é considerado o fundador de Torrinha, foi ele quem doou ao Bispado de São Paulo uma pequena área onde foi edificada uma capela em homenagem a São José (onde se encontra a atual matriz), considerado o padroeiro da cidade. Calcula-se que esse fato se deu por volta de 1870, ou seja, dezenove anos antes da República. Em 1880, documentos da época, registram a chegada de Jerônimo Martins Coelho, neto do Barão de Cocais, Vindo da Borda da Mata, Minas Gerais, que aqui adquiriu grande quantidade de terras que alcançava as localidades de Santa Maria da Serra, Torrinha, Brotas e Dois Córregos. Instalou-se por muito tempo em terras onde hoje está a Usina dos Três Saltos e construiu nesta fazenda uma das primeiras Igrejas Presbiterianas do Estado.

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2007-09-17 16:28:14

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BARÃO DE COCAiS, BRASIL Atividades da Academia Brasil-Europa 2007 Viagem cultural 23 de dezembro a 16 de janeiro de 2007 Complexo temático: Estrada Real, Caminho de Anchieta e Imigração (Rotas do Mar e das Montanhas ES) Participantes: Prof. Dr. A.A.Bispo, Dr. H. Hülskath (A.B.E.), K. Jetz, T. Nebois (I.S.M.P.S.), E. do Rego (I.B.E.M.). Encontro de S. Paulo: Profa. Isolda Bassi-Bruch (Pres. A.B.E.), Dra. Neide Carvalho (assessoria jurídica das organizações, Secretaria de Estado da Cultura) Projeto e programação: Prof. Dr. A. A. Bispo, com a colaboração da Universidade de Colonia, Alemanha. Antecedentes: seminários e cursos expositivos realizados na Universidade de Colonia em 2006 Objetivos: Atualização de impressões, observação informal de novos desenvolvimentos e renovação de impulsos para o prosseguimento de projetos da A.B.E. e dos institutos a ela integrados (Migração, Poética da Urbanidade, Cultura e Natureza, Processos interamericanos e transatlânticos). Recolha de material fotográfico e de documentos para os acervos e as publicações da A.B.E. Para maiores informações veja os números da Revista Brasil-Europa-Correspondência Euro-Brasileira (2006:6 e 2007:1) ©Todos os direitos reservados: ABE/ISMPS, 2006/2007 Barão de Cocais. A cidade, marcada na sua fisionomia urbana pela mineração, destaca-se nos estudos de história da arte e de arquitetura pelas suas igrejas, a do Rosário, a de Nossa Senhora de Sant"Ana e, em particular, a igreja matriz de São João Baptista (São João do Morro Grande). As origens da localidade remontam a uma povoação fundada pelo bandeirante Manoel de B. da Câmara, em 1704. Uma capela sob a invocação de São João, já citada em documentos de 1713, existente no Presídio do Morro Grande, passou em 1749 a paróquia, dando lugar ao templo atual, de impressionantes dimensões, edificado em 1763. Do ponto de vista arquitetônico, constata-se aqui uma harmoniosa integração de princípios tradicionais construtivos com concepções mais elaboradas, expressas sobretudo nas torres laterais, arredondadas. Essas torres emolduram uma fachada imponente nas suas dimensões, nas suas proporções e na severidade da disposição das janelas e do portal. Do ponto de vista escultural, salienta-se a imagem de São João, uma das representações mais significativas do Precursor no Brasil e monumento de sua presença na religiosidade da região no século XVIII. A obra é atribuída a Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Aspecto central das concepções joaninas se manifesta na pintura do teto da Igreja, representando o batismo de Jesus. O nome atual da localidade dirige a atenção dos estudiosos ao vulto de José Feliciano Pinto Coelho da Cunha (1802-1869), fundador da Companhia de Mineração Brasileira da Serra de Cocais (1835), governador (1840) e comandante da Revolução Liberal (1842), personalidade de relêvo na história cultural de Minas Gerais do século XIX. No âmbito da tradição da A.B.E., Barão de Cocaes passou a ser considerado a partir do início da década de setenta. Aspectos histórico-musicais e arquitetônicos estiveram no centro das atenções. A.A.B. » retorno: Trabalhos » zurück: Konferenzen und rezente Arbeiten

Um comentário:

Newton Herculano Carneiro Pinto disse...

Familias.
Pinto,Carneiro,Carneiro,Bueno e Fonseca.

Sou Carneiro Pinto,filho de Herculano Floriano Carneiro Pinto, meu pai era filho de Antonio Carneiro Pinto, filho de Saturnino Benigno Pinto e Josephina Augusta Carneiro da Fonseca, filha de Thereza Josephina Bueno.
Meu avo Antonio Carneiro Pinto era natural do estado de Goias,nascido na cidade de Anicuns em 1884, em 1898 no mes de Novembro dia tres,foi incluido no estado efetivo do 20º batalhao de infantaria, como tal na 1ª Cia. com o Nº127 por ter verificado praca como voluntario menos de acordo com a lei vigente,ficando matriculado na escola regimental.Sua vida militar foi de grandes feitos entre eles como participante da comissao estrategica das linhas telegraficas, fez o lancamento da primeira linha telegrafica que foi do Mato Grosso ao Amazonas, esta comissao ficou conhecida como a Comissao Rondon, hj aqui em Porto Alegre uma importante via , uma Rua recebeu seu nome em sua homenagem, tendo sido ele tbm recentemete sido homenageado pela UFSC, em seu projeto Forte e Fortalezas no mundom onde passou a figurar como um personagem da historia, anivel de pesquisa mundial, suas facanhas foram muitas, entre ela a marcha de 150 leguas feitas a pe, selva adentro em 1915 indo de Tapiroapioain? a Barao de Melgaco, por este feiro foi elogiado pelo Presidente da Republica e pelo ministro da Guerra assim como de seua comandados e superiores,dados retirados da sua caderneta de oficial do exercito brasileiro. Passoe estes dados para ver se encontro pessoas, que possam tbm me fornecer dados para fins genealogicos, hj conto em minha atvore com praticamente quase 1000 pessoas todas identificadas, mas pelo lado dos Carneiro Pinto , Bueno, Fonseca, poucas informacoes possuo., vc ao ler o comentario principal desta pagina e posteriormente o meu,e puder me ajudar nesta pesquisa desde ja meus agradecimentos.
Obrigado
Newton Herculano Carneiro Pinto
newtonromi@via-rs.net
Poa-RS